terça-feira, 30 de agosto de 2011

Triathlon: um relato de uma experiência de intervenção psicológica!

Profa. Ms. Sílvia Regina Deschamps
Profa. Ms. Ana Maria Capitanio
(artigo completo - http://www.efdeportes.com/)

Resumo

    Este relato diz respeito a um trabalho de preparação psicológica realizada com triatletas. A psicologia esportiva abrange duas variáveis com um denominador comum: o interesse específico focado no atleta e o esporte por ele praticado. Cada modalidade esportiva tem sua especificidade, o psicólogo precisará se interar sobre esta, a fim de conhecer sua rotina de treinos, período de competição, pré-pós-competição. No treinamento psicológico há várias técnicas e instrumentos para auxiliar a melhoria do desempenho atlético, tais como: de motivação, relaxamento, redução de ansiedade, treinamento de ativação, concentração, autoconfiança, gerenciamento de stress. A preparação psicológica para o triathlon surgiu a partir das necessidades de um dos técnicos da equipe. Assim, realizaram-se algumas reuniões a fim de coletar: as expectativas do técnico em relação à psicologia e a preparação psicológica, o número, a idade e o sexo dos atletas, (14 atletas entre 13 e 28 anos, de ambos os sexos). Os instrumentos utilizados foram: o teste IDATE; o auto-informe POMS; o questionário QUATI - tipos psicológicos, o TPA - Teste da Pessoa Autônoma e entrevistas. Foram realizadas duas questões, a primeira era referente à extrema influência até nenhuma influência, das alternativas: influência dos pais, dos amigos, de outros profissionais/academia, do professor de educação física, mídia, por desejar status social, lazer, status financeiro e saúde/qualidade de vida; e a segunda questão era qual o seu objetivo no triathlon? Como objetivo principal foi encontrado: saúde/lazer/qualidade de vida seguida por competitividade e melhora de rendimento e auto-superação. Os resultados obtidos na primeira e segunda questão surpreenderam, pois o fator saúde/qualidade de vida aparece como o que mais influenciou os atletas a praticar o triathlon, sendo que competitividade e melhora de rendimento ficaram em segundo plano, mesmo se tratando de uma equipe competitiva. Percebeu-se que esses resultados viriam contra as expectativas do técnico, sendo preciso definir conjuntamente os objetivos da equipe e do técnico. Com os técnicos, foram feitas orientações baseadas no questionário, entrevistas e testes e se referia à importância de sua figura, o fortalecimento dos objetivos e a firmeza nas suas ordens.
    Unitermos: Triathlon. Intervenção psicológica. Competição. 
 

terça-feira, 23 de agosto de 2011

O que leva o indivíduo a exercitar-se e também a não exercitar-se!

Algumas razões que levam o ser humano a exercitar-se, são elas:
  • Controle de peso;
  • Risco reduzido de doenças cardiovasculares;
  • Redução no stress e na depressão;
  • Satisfação;
  • Construção da auto-estima;
  • Socialização.
E as razões para não exercitar-se são:
  • Falta de tempo (pensar prioridades);
  • Falta de energia (a fadiga serve de desculpa, na maioria das vezes, é mais mental do que física, e está quase sempre relacionada ao stress);
  • Falta de motivação (manter em mente os benefícios positivos da prática de exercícios, contribui e muito para manter a motivação).
Os aspectos de bem-estar físico e mental, melhorados através dos exercícios físicos, são evidentes e comprovados em vários estudos.Os ganhos são bem maiores do que as perdas, pela interação de mecanismos fisiológicos e psicológicos envolvidos. Resta a cada um, repensar no que utiliza de justificativas, desculpas, para não incorporar no seu dia-a-dia a prática regular de exercícios, e de forma imediata descartá-las, se comprometendo e melhorando significativamente a sua qualidade de vida!

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Coaching no Esporte e no Exercício!

O método Coaching é um processo, com início, meio e fim, onde o Coach (facilitador do processo de mudança) apóia o Cliente/coachee (agente de mudança) na identificação de metas de curto, médio e longo prazo, desenvolvimento de competências e recursos, estratégias, ação, aprendizagens e melhoria contínua. O Coaching é composto de 7 elementos, são eles:
1- Situação atual, onde está;
2- Situação desejada, aonde quer chegar, objetivos e metas, valores - o que esse objetivo traz;
3- Estratégia, como chegar lá, plano de ação, opções - escolhas, recursos - internos e externos - o que tem e o que necessita; crenças - convicções fortalecedoras ou limitadoras - impedimentos;
4- Ações e tarefas - 1o. passo e ações continuadas;
5- Resultado;
6- Aprendizagem;
7- Melhoria Contínua.
Esse método auxilia o indivíduo através do questionamento socrático (método de descoberta orientada), uma das técnicas utilizadas, a obter uma maior conscientização de si mesmo e de seu comportamento, facilitando o desligamento do piloto automático (conduzido pelos nossos pensamentos automáticos). Outras técnicas eficazes utilizadas são a de solução de problemas e desafio de crencas limitadoras, dentre outras.
Os benefícios obtidos compreendem: desenvolvimento da capacidade de: enfrentar desafios, resolver problemas e atitude mental positiva.
 Através do Método Coaching, atletas, técnicos e praticantes de exercícios físicos (para adesão e manutenção da prática) podem melhorar sua performance consideravelmente, resgatando desse modo, sua autonomia pessoal e profissional.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

O Investimento das Empresas na Qualidade de Vida do Trabalhador!

Muitas empresas estão cada vez mais, investindo em programas de saúde, visando profissionais mais saudáveis. O retorno obtido desse tipo de investimento é imenso, pois repercute consideravelmente na qualidade de vida do trabalhador. Esse tema não é de hoje que é investigado, já que tanto a prevenção quanto a manutenção de um estilo de vida saudável, pode acarretar numa melhora na satisfação no ambiente de trabalho e também na socialização, já que promove interação e estímulo entre os funcionários à prática de exercícios físicos de forma conjunta e a mudança no padrão alimentar. Além do que, essa preocupação com a saúde global do indivíduo, faz com que ele se sinta importante, valorizado pela empresa, tendo conseqüências na sua motivação e auto-estima, somando-se a isso, os benefícios psicológicos que ele obtém através da prática regular de exercícios. O SESI/SC, em 1999, desenvolveu em parceria (apoio técnico) com o NUPAF/UFSC, o primeiro diagnóstico estadual sobre o Estilo de Vida e Hábitos de Lazer do Trabalhador da Indústria, com uma amostra representativa de todas as regiões de Santa Catarina. Foi detectado que 60% dos trabalhadores da indústria catarinense não realizavam qualquer atividade física no seu tempo livre. Através desse levantamento, surgiram várias demandas nas áreas de promoção de saúde e lazer que serviram como parâmetro de comparação em intervenções do SESI e das próprias indústrias, e a iniciativa mais marcante foi o programa Lazer Ativo.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Treinamento Psicológico e sua influência nos Estados de Humor e Desempenho Técnico de Atletas de Basquetebol

Autora: SÍLVIA REGINA DESCHAMPS
Orientador: PROF. DR. DANTE DE ROSE JÚNIOR

Este estudo teve como objetivos identificar os tipos psicológicos mais recorrentes no grupo de atletas analisados e verificar a influência do treinamento psicológico nos estados de humor e desempenho técnico. A amostra foi composta por 17 atletas de basquetebol de alto rendimento, componentes de duas equipes que disputaram os Jogos Regionais de São Paulo, em 2007. Cada equipe realizou seis jogos no referido campeonato.As equipes foram divididas em grupo experimental (equipe A – com treinamento psicológico – n=9) e grupo controle (equipe B – sem treinamento psicológico – n=8). Ambas as equipes responderam aos seguintes instrumentos: QUATI (para identificação dos tipos psicológicos), aplicado uma única vez um mês antes da competição e BRAMS (versão brasileira do POMS), que foi aplicado em quatro momentos diferentes (um mês e uma semana antes da competição, e 1º. e 3º. jogos). A essas equipes também foi aplicado o Índice de Eficiência Técnica (adotado pela Confederação Brasileira de Basketball) nos jogos da referida competição. Para o tratamento dos dados foram utilizadas ANOVA e Coeficiente de Correlação de Postos de Spearman.A equipe A foi submetida ao treinamento psicológico baseado no programa desenvolvido por SUINN (1988). Os resultados apontaram que houve uma predominância do tipo psicológico voltado ao “pensamento” na equipe A, enquanto que na equipe B os tipos predominantes foram “sensação” e “intuição”. Houve um equilíbrio entre as atitudes de “introversão” e “extroversão” nas duas equipes. Em relação aos estados de humor, a equipe A apresentou os estados negativos (tensão, depressão, raiva, fadiga e confusão) abaixo do percentil 50 nos momentos 3 e 4 e acima desse percentil nos momentos 1 e 2. Já o estado de humor positivo (vigor) esteve acima do percentil 50 durante todo o período competitivo. Na equipe B, os estados de humor negativos estiveram acima do percentil 50 durante toda a competição, exceto a “tensão” nos momentos 2, 3 e 4. O estado de humor positivo (vigor) obteve os mesmos índices apresentados pela equipe A. Ao correlacionar-se os estados de humor com os índices de eficiência técnica não foram observados resultados significantes para a equipe A, enquanto que a equipe B apresentou uma forte correlação negativa entre o estado de humor “confusão” e o índice de eficiência do terceiro jogo (-0,90). Apesar da curta duração do trabalho realizado pode-se considerar que o treinamento psicológico teve sua contribuição na melhora dos níveis de estados de humor dos atletas e não houve correlação significante entre os estados de humor e o índice de eficiência técnica para a equipe A.