terça-feira, 29 de novembro de 2011

Alguns Estudos sobre Stress Competitivo no Basquetebol!

Em alguns desses estudos o objetivo foi o de detectar quais situações diretamente relacionadas ao jogo são potencialmente geradoras de stress e podem interferir no desempenho dos atletas. Situações como falta de condicionamento físico, fadiga, arbitragem, errar em momentos decisivos, sair com cinco faltas, perder para equipes tecnicamente inferiores, perder jogos praticamente ganhos, substituição por deficiência técnica, repetir os mesmos erros, errar lances-livres em momentos decisivos e contusões são apontadas pelos atletas como causadoras de altos níveis de stress (DE ROSE JÚNIOR, 1999; DE ROSE JÚNIOR, 2002; DE ROSE JÚNIOR & VASCONCELLOS, 1993; DE ROSE JÚNIOR, DESCHAMPS & KORSAKAS, 1999; DE ROSE JÚNIOR, SATO, SELINGARDI, BETTENCOURT, BARROS & FERREIRA, 2004; JAMES & COLLINS, 1997; MADDEN, SUMMERS & BROWN, 1990).
Outros estudos sobre o stress e basquetebol apontam situações indiretamente relacionadas ao jogo, mas que podem contribuir para prejudicar o desempenho dos atletas em situação competitiva. Nesses estudos são apontadas as seguintes situações: influência de pessoas significativas, pressões externas (mídia, torcida, dirigentes, familiares), natureza e importância da competição, falta de recompensas, desapontamentos na carreira, conflitos familiares, problemas na escola e no trabalho, problemas de relacionamento entre os membros da mesma equipe; morte em família, longos períodos de ausência, viagens constantes  e problemas financeiros (DE ROSE JÚNIOR, 1999; DE ROSE JÚNIOR, DESCHAMPS & KORSAKAS, 2001; JACKSON, DOVER & MAIOCHI, 1998; MARQUES & ROSADO, 2005).

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Pontos importantes para trabalhar com o indivíduo praticante de exercícios físicos!

  • Explore a  história de exercício do cliente (boas e más experiências);
  • Use uma prescrição de exercício individualizada para duração, intensidade e frequência;
  • Avalie a influência da família e dos amigos (para facilitar o apoio);
  • Desenvolva um plano para qualquer falta de adesão e padrões irregulares de exercício;
  • Torne o exercício prático e funcional (por exemplo: pedalar até o trabalho, subir escadas, ir a pé à padaria);
  • Inclua uma variedade de atividades que aumente a adesão ao regime de exercícios.

Algumas orientações  sobre a relação entre exercício e bem-estar psicológico como dados obtidos através de estudos realizados são interessantes e possibilitam uma maior consistência ao trabalho do profissional de educação física. O levantamento de informações importantes do cliente podem fazer toda a diferença para  a criação de estratégias eficazes para a adesão e a manutenção da prática regular de exercícios. O estímulo de familiares e amigos é capaz de ajudar de forma significativa a pessoa que está iniciando ou quem tem mais dificuldade em começar sozinha. Buscar um tipo de prática que seja prazerosa e que se goste é fundamental. Determinadas sugestões podem maximizar a efetividade do exercício na intensificação do bem-estar psicológico positivo!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Sequestro Neural: o mecanismo que explica o "perder a cabeça"!

 O nosso cérebro tem uma capacidade incrível, é um dos maiores recursos de que dispomos, e muitas vezes, não utilizamos todo o potencial que ele  nos oferece. O nosso cérebro pensante, chamado de neocórtex, se desenvolve a partir das nossas emoções e esse fato revela a relação direta e essencial que existe entre pensamento e sentimento. Desta forma, é possivel compreender quando experimentamos as explosões emocionais, que nada mais são do que o mecanismo do "sequestro neural". Foi justamente o que ocorreu com o jogador Zidane na Copa do Mundo na Alemanha em 2006, quando ele deu aquela cabeçada no jogador italiano Materazzi, literalmente perdeu a cabeça, viveu um momento de sequestro neural, no qual ele primeiro reagiu à provocação e depois pensou sobre o que fez. Apesar da liderança exercida, de grandes jogadas e passes decisivos, o atleta encerrou sua carreira com uma atitude de indisciplina.
 Algo semelhante aconteceu com o jogador de futsal do Santos, Falcão, no 1o. jogo da final da Liga ontem, ficou nervoso com a arbitragem, perdeu o equilíbrio emocional e a cabeça, fez gestos e depois agrediu o árbitro. Ao invés do jogo ser lembrado por ter sido uma disputa incrível, o que fica marcada é a explosão do atleta, que estará fora da próxima final, perdendo o clube, o time  e o próprio. A arbitragem ser prejudicial a você ou a sua equipe, é um dos fatores de stress mais citados por jogadores em esportes coletivos e provoca a saída do desportista do jogo, tira o foco dele do que precisa fazer na partida, mesmo ele tendo larga experiência.
 Controlar as emoções é tão importante quanto acertar os fundamentos, fazer gols, belas assistências e dribles.  Quem não desenvolve e/ou trabalha o autocontrole, acaba ficando refém das próprias emoções, pois elas prejudicam o pensamento, o discernimento e interferem no comportamento, levando a decisões precipitadas. Isso tudo favorece o adversário e o trabalho deles também.
 Através do treinamento psicológico é possível buscar soluções para uma mudança futura, aprimorar a capacidade de enfrentar as adversidades, analisar e determinar o que pode ser feito para melhorar e como fazê-lo!

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Pressa: a síndrome do coelho da Alice.."como está ficando tarde"!

   A doença da pressa cada vez mais faz parte do mundo globalizado atingindo pessoas de todas as idades. Um sintoma comum em crianças de 2 anos, que não tem noção ainda de tempo e estão ávidas por satisfazer seus desejos mais prementes, parece ter se proliferado entre jovens e adultos. E as consequências são as mais devastadoras, estudos já tem encontrado resultados interessantes a respeito:
- Num estudo foram ouvidas quase 2 mil pessoas com mais de 25 anos em São Paulo, Rio de Janeiro e Campinas e descobriu que 65% dizem viver com pressa, em 10% dos entrevistados esse sentimento é exagerado, esse grupo é composto de pessoas que fazem várias coisas ao mesmo tempo, vivem com a sensação de urgência e se irritam quando sentem que estão perdendo tempo (Laboratório de estudos psicofisiológicos do stress/PUC/Campinas, Marilda Lipp);
- Em outro estudo foram entrevistados 900 profissionais entre 24 e 58 anos em São Paulo e Porto Alegre e constatou que 36% deles sofrem de doença da pressa e já sentem de forma crônica, e esse grupo pesquisado apresenta uma série de disfunções, entre elas: 93% crise de ansiedade, 91% de angústia, 57% de sentimentos de raiva injustificada, 94% dores musculares (incluindo dor de cabeça), 45% distúrbios de sono e 24% com taquicardia (International Stress Management Association, Ana Maria Rossi). Além do que, todos esses sintomas com o tempo vão piorando ocasionando outras doenças como a depressão e problemas cardíacos.
   Todo esse quadro leva o indivíduo a experimentar o stress, e do  tipo negativo (distress), por isso é essencial a consciência sobre o que e quais situações desencadeiam esta alteração psíquica e orgânica para criar mecanismos preventivos, evitando assim o colapso físico e mental, e também cada um rever seu modo de enfrentar e lidar com eventos estressantes.
     Na maioria das vezes, é difícil a pessoa se dar conta de que o seu comportamento está exagerado, de tão automatizado que ele se tornou. Esse tipo de comportamento obsessivo precisa e pode ser tratado, mudanças de estilo de vida são indispensáveis como: diminuir o ritmo, cuidados com a alimentação e a adesão aos exercícios físicos podem ser um bom começo!
    Nessa época então, de final de ano, as pessoas ficam ainda mais aceleradas, preocupadas em comprar presentes e comes e bebes para as festas, que poderiam ser mais curtidas se não houvesse tanto stress. Além disso, seria bom darem um tempo precioso para pensar e refletir sobre o ano que passou, analisar quais as metas atingidas, no que é preciso melhorar em si mesmo para construir um novo ano repleto de realizações!
  

terça-feira, 1 de novembro de 2011

10 Dicas para ser um Campeão!

Prof. Dietmar M. Samulski

1. Mostre personalidade e determinação;

2. Mantenha em todos os momentos um bom equilíbrio emocional;

3. Concentre-se ao máximo nos momentos decisivos da competição;

4. Mostre sempre uma atitude e postura segura;

5. Mentalize os movimentos e jogadas importantes de forma antecipada;

6. Verbalize positivamente durante a competição;

7. Utilize os intervalos para recuperar energia;

8. Competir sempre com alegria;

9. Acredite sempre na vitória;

10. Seja um bom exemplo para as crianças e os atletas jovens!

Esses fatores comuns citados em relação às características psicológicas de atletas com êxito, parecem ser unanimidade entre os autores e vários estudos, aliando-se a maior capacidade de corrigir os próprios erros. Discute-se que há uma relação circular em que um estado mental ótimo conduz a uma execução melhor, e que o êxito está ligado a estados mentais desejáveis. As reações pessoais diante de uma competição são as provas mais evidentes de diferenças de personalidade no ambiente do esporte: os seres humanos não são iguais em muitas características. A partir dessas considerações, não se pode ignorar que mesmo o atleta tendo seus pontos fortes e vulneráveis, os desportistas com êxito fazem parte de um grupo especial e com características semelhantes. Essas características aliadas ao talento físico, é que vão possibilitar a seleção de atletas que estarão mais aptos a atingir o esporte de elite!