segunda-feira, 17 de dezembro de 2012
quarta-feira, 12 de dezembro de 2012
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
Começar Denovo...Um Bom Ano de 2013!
So e Huppert (2009) definiram e avaliaram o florescimento em cada um dos
23 países da União Européia. A definição de florescimento segue o mesmo
espírito da teoria do bem-estar: para florescer, um indivíduo deve ter todas as “características essenciais” e três
das seis “características
adicionais”:
Características Essenciais Características
Adicionais
Emoções positivas Autoestima
Engajamento, interesse Otimismo
Sentido, propósito Resiliência
Vitalidade
Autodeterminação
Relacionamentos positivos
O ser humano, em essência, é um talento. Cabe a cada um de nós, cultivar esse
talento, com trabalho, dedicação e vontade de vencer! Crer na superação! Se
permitir desenvolver essas características mencionadas acima, em nós mesmos. Renovar
a confiança, continuar firme, com seu próprio incentivo e daqueles a quem
amamos, que sempre nos ajudam a lembrar quem somos e onde estamos e a acreditar
na virada! Aprimorar os valores da disciplina, da humildade, do companheirismo
e da superação. Porque a vitória jamais sorri a quem não se supera.
Apesar de que não só de vitórias é feita à vida, temos nossas derrotas,
frustrações, que nos servem de lições, como prova de resistência física e
psíquica. Sempre é bom repensar, reavaliar nossas manias e obsessões, aprender
a desapegar delas para seguir em frente de forma mais leve!
No eu interior é onde devemos esperar encontrar refúgio dos nossos
desafios emocionais. Experimentar apenas o básico, ser o mais natural possível,
viver o mais próximo da sua natureza. E tudo isso me faz lembrar de um trecho
desta música genialmente escrita por Ivan Lins e Vitor Martins:
“Começar denovo
e contar comigo, vai valer a pena ter amanhecido, ter me rebelado, ter me debatido, ter me machucado, ter sobrevivido, ter virado a mesa, ter me
conhecido, ter virado o barco, ter me socorrido!”
Que o nosso novo
começo seja de realizações (reais ações) dos nossos sonhos!
Feliz 2013!
Fonte: So, T.; Huppert, F. “What
percentage of people in Europe are flourishing and what charecterizes
them?”July, 2009. Disponível em:
www.isqols2009.istitutodeglinnocenti.it/Content_en/Huppert.pdf. (Universidade
de Cambridge, 2009) Acesso em: 19 out.2009.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Estilos e Características de um Técnico = Líder!
Um dos três elementos fundamentais do código do
talento é a orientação de um grande treinador. Algumas características
interessantes foram encontradas em relação a essa figura, são elas:
-
Temperamento mais contido, reservado;
-
Mais velhos, davam aulas há trinta ou quarenta anos;
-
Olhar firme, profundo, imperturbável;
-
Ouviam muito mais do que falavam;
- Passavam a maior parte do tempo realizando pequenos ajustes, objetivos e
muito específicos;
-
Muito perceptivos em relação a quem estavam ensinando, adaptavam as
mensagens à personalidade do aluno;
-
São realistas e disciplinados;
- Tem muito conhecimentos que aplicam ao trabalho constante e progressivo
de formação dos circuitos de uma habilidade(COYLE, 2010).
O que observamos quando trabalhamos no esporte são os mais variados
estilos de liderança e tipos de atuação de técnicos. Existem aqueles que são
viciados em controle (autocráticos), mantém todos em rédea curta, os jogadores
não tem espaço para pensar por si mesmos, esse estilo pode funcionar para
alguns, mas pode criar problemas de relacionamento, em especial, com os mais
jovens. Em contrapartida, tem aqueles que deixam rolar solto, dão total
liberdade, não cobram disciplina e acham que isso ajudará nos resultados
positivos. Alguns técnicos ficam à mercê das vontades (algumas vezes absurdas)
de alguns jogadores (estrelas) ficando reféns deles, ao invés de liderá-los.
Como tudo na vida, o ideal é o bom senso e o caminho do meio, o técnico
possibilitar um ambiente de confiança e acolhedor que permita aos seus atletas
espaço para realizarem os seus potenciais, criatividade e estilo de jogo. Saber
elogiar quando for merecido e não exigir demasiadamente completam esse modelo. Com
essa atitude, ele acaba contribuindo para um bom relacionamento e uma fluidez
na autoridade necessária para desenvolver um bom trabalho e a disciplina que é
um componente essencial para um líder eficaz.
Um exemplo de grande treinador foi John Wooden (técnico de
basquetebol americano). Sua forma de ensinar incluía a instrução
dividida em 3 partes:
-
Mostrava a maneira certa de fazer algo;
-
A maneira errada;
-
Voltava a mostrar a maneira certa.
A informação combinava com o que ele chamava de “condicionamento
mental e emocional”. Formulou leis da aprendizagem: explicação,
demonstração, imitação, correção e repetição.
“Não se deve esperar dos jogadores que melhorem
muito em pouco tempo, mas sim que tentem melhorar um pouco a cada dia.”
Os jogadores que treinou tinham um alto grau de habilidade e de
motivação. Ele dispunha de vastos recursos e contava com total apoio!
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
O Estado Emocional e a Relação com a Alimentação!
O estado emocional de cada um influencia diretamente o
funcionamento do organismo, e isso mostra a importância de se direcionar as
emoções para viver em equilíbrio. São as emoções que servirão de referência ao
cérebro para que ele ordene a maneira de agir frente aos acontecimentos. É preciso
treinar o cérebro para que esteja predisposto a encarar toda situação com
positividade e sempre a favor de si mesmo (COBRA, 2000).
Segundo este autor, a pessoa doente é aquela que rompeu com
os princípios básicos da vida, como: dormir, alimentar-se de forma adequada,
relaxar, ter atividade física regular. Nesta situação, é só uma questão de
tempo para que uma doença efetivamente se instale ou a própria tristeza,
rancor, desilusão afetem o sistema imunológico promovendo a baixa da
resistência, e consequentemente, o desequilíbrio interno.
Muitas vezes, o indivíduo além de se alimentar
de qualquer maneira (muito rápido, por exemplo) e em qualquer lugar (ambiente
inapropriado, com muito barulho ou muito quente), ele nem olha para o que está
comendo, assim não o saboreando verdadeiramente, nem mesmo utiliza o seu olfato
apreciando o cheiro dessa comida, não está com a atenção e o pensamento voltada
para esse momento, em que o organismo trabalha arduamente. Sem contar o tipo de
alimento que é ingerido, em grande parte, artificial e com muitos aditivos
químicos. Os alimentos naturais, que são os mais saudáveis, estão cada vez
menos presentes nas refeições das pessoas, é preciso readquirir os hábitos
alimentares saudáveis, ainda mais nos casos daqueles que se encontram com
sobrepeso ou obesos.
Algumas vezes, as pessoas com excesso de peso
não conseguem se ver magras, não tem estímulo suficiente para imaginar uma
transformação, suas formas de pensar continuam as mesmas. É preciso que haja um
trabalho de foco na mudança interna (cognitiva e emocional) para que seja
possível atingir resultados no corpo. Na maioria das vezes, é necessária uma
modificação radical no estilo de vida, o indivíduo forçadamente, por questão de
saúde, incorporar na sua rotina diária hábitos de vida mais benéficos. Antes
tarde do que nunca, aliás, as possibilidades de mutação são infinitas e sempre
há tempo para elas!
terça-feira, 30 de outubro de 2012
A Melhora de Performance de um Atleta ou Equipe!
Na
maioria das vezes, o que faz um atleta (equipe) falhar, ir mal ou ter um
desempenho aquém do esperado é não estar bem psicologicamente. Quando está desmotivado, ao perder a
concentração, apresentando descontrole emocional, são alguns exemplos. Portanto,
não adianta reforçar os treinos técnicos, táticos e físicos, é preciso
trabalhar as habilidades mentais, através do treinamento psicológico (aspectos
emocionais e cognitivos) que tem reflexo na performance, e conseqüentemente,
nos resultados.
As
habilidades psicológicas mais comumente trabalhadas são: concentração,
motivação, auto-estima, stress e/ou ansiedade, autoconfiança, estabelecimento
de objetivos, estratégias de rotinas e competitividade. Por meio do treinamento
destas, será possível obter: um planejamento estratégico, um aumento de
performance e melhores resultados, gerenciar momentos de crise e orientação no
período de transição de carreira.
Muitos
técnicos já consideram que o esporte é 50% mental e emocional, e em especial,
luta, golfe, ginástica e tênis, são avaliados como 80 a 90% mentais. Por esta
razão, muitos atletas e equipes já têm aumentado o tempo dedicado ao aperfeiçoamento
dos aspectos psicológicos na sua rotina de treinamentos e competições.
A
intervenção psicológica no esporte é fundamental e promove uma melhora efetiva
no desempenho de atletas e equipes, deve ser de forma contínua e
individualizada, mesmo quando se faz parte de um time, neste caso, alternando
trabalhos em grupo e individual. É essencial o psicólogo esportivo utilizar
técnicas e estratégias de fácil compreensão e assimilação, podendo o esportista
utilizá-la, posteriomente, mesmo fora das sessões de treinamento. A
possibilidade de levar consigo, para sua vida, toda a experiência e aprendizado
adquiridos, vai ser um diferencial durante a sua carreira esportiva, e depois, ao
seu final e futuro redirecionamento profissional.
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
Hormônio Irisina: a nova descoberta para o emagrecimento!
O hormônio irisina já vem sendo
estudado há algum tempo e parece ser uma
promessa válida no processo de emagrecimento. A irisina é um hormônio produzido
pelo nosso organismo, no músculo, estimulando determinadas células adiposas a
transformar gordura em calor, aumentando, assim, o metabolismo celular. E como
ele age: quando começamos a praticar atividades físicas, a irisina é produzida
ativando, em determinadas células de gordura, a termogênese, ou seja, a
produção de calor. Assim, ocorre um aceleramento no metabolismo de gordura,
estimulando o emagrecimento.
A produção desse hormônio na quantidade
essencial para a perda de peso, de acordo com um estudo realizado, em
camundongos sedentários, obesos e com sintomas de pré-diabetes, ocorre depois
do vigésimo primeiro dia de exercício. Foram injetadas pequenas doses da substância
e após dez dias, os animais tiveram os níveis de glicose e insulina
normalizados no sangue e até perderam peso. Por isto, a necessidade de uma
rotina de treino regular para quem quer perder os quilos a mais.
Os pequisadores estão estudando uma
versão sintética deste hormônio. Nesse estudo, injetaram o hormônio em
camundongos obesos e com dieta hipercalórica, ou seja, com uma quantidade
elevada de calorias. Notaram que os camundongos perderam 2% do peso corporal,
em torno de 4 quilos quando comparados com seres humanos, durante 6 meses.
Se acontecer uma suspensão do exercício físico,
o organismo pode reduzir a produção de irisina e a energia volta a ser estocada
como forma de gordura. É importante salientar que a versão sintética deste
hormônio está em fase de estudos e pesquisas. Ainda não se tem resultados de
possíveis efeitos colaterais e o que pode ocorrer se a quantidade de irisina
estiver em excesso no nosso organismo. Mesmo expondo cautela em relação ao potencial
terapêutico deste, os pesquisadores se mostram otimistas com a perspectiva de
usá-lo em humanos em um futuro próximo.
A
molécula da irisina dos camundongos é muito parecida com a humana, portanto, os
mesmos benefícios observados nos roedores podem se mostrar em pessoas. Nos
estudos, foram usados vírus para distribuir o hormônio no organismo, algo
difícil de fazer com segurança. Para criar uma droga que possa ser usada em
humanos, os pesquisadores estão tentando "colar" a irisina em
moléculas de anticorpos, as proteínas de defesa do sistema imunológico, para só
depois injetá-las no sangue. Essa medida evita que a droga entre em degradação
na corrente sanguínea.
Ainda
há muito que se estudar sobre esses hormônios e tudo que venha somar e contribuir para uma melhor qualidade de vida e
um estilo de vida saudável, combinando a prática regular de exercícios com uma
alimentação balanceada é muito bem-vinda para todos nós, em especial, àqueles
que tem mais dificuldade, levando em conta sempre a perspectiva de um
emagrecimento com saúde!
Fonte: Revista Veja - edição 2283 - ano 45 - nr. 34 - de 22 de agosto de 2012.
Estudo realizado pelo médico Bruce Spiegelman - Universidade Harvard e publicado nas Revistas Científicas Nature e Cell.
Estudo realizado pelo médico Bruce Spiegelman - Universidade Harvard e publicado nas Revistas Científicas Nature e Cell.
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
Observações realizadas em Time de Futebol Profissional!
Em um trabalho realizado em um time de futebol profissional, durante 3
meses, foi possível observar comportamentos peculiares durante os treinamentos
e os jogos, são eles:
- Falhas na defesa(posicionamento),
ninguém aparece p/ receber bolas de passes curtos, dificuldade de recuperação
de erros, muitos passes errados;
- Falta atacante, homem de frente,
veloz, ágil e que roube a saída de bola do adversário;
- Falta de ousadia e criatividade
para criar boas oportunidades de gol;
- Melhora na defesa, ótimo
aproveitamento das oportunidades criadas, grupo em sintonia;
- Início muito tenso e ansioso,
querendo definir logo, jogo amarrado, muitos erros de passes, 2º. tempo melhor,
menos erros, mais oportunidades criadas;
- Comunicação e movimentação em campo
melhor no treino do que nos jogos, mais acertos de passes, mais parceria nas
finalizações do que nos jogos;
- Início do jogo equilibrado, depois
adversário dominou o jogo, tomaram gol e depois empataram, muitos erros de
passes, quase todos os jogadores não estavam bem na partida;
- Muito bom o treino, percebi que os
atletas estavam num pique excelente pós-treinamento psicológico;
- Início do jogo tranqüilo, batendo
bola e fazendo passes com acertos, melhora de entrosamento, depois de 2 gols
realizados a equipe acomodou um pouco, desentendimento entre dois atletas(atacante
x zagueiro);
- Início bom, oportunidades de gols
perdidas, erros de passes, muitos erros de finalizações, atitude boa de luta,
esforço;
- Início do jogo amarrado, aos poucos
foram se soltando, 2º. tempo melhorou, aproveitaram melhor as oportunidades;
- Início do jogo ruim, muita
distração, erros de passes, aos 32’ faz gol, 2º. tempo melhor, apesar da
continuação de erros de finalizações, jogaram melhor aproveitando os erros dos
adversários;
- Início bom, gol aos 4´do 1º. tempo,
depois relaxam um pouco; 1 atleta falha na finalização, se abate muito, depois
bate uma falta muito mal, anda em campo; 2º. tempo o time melhora, contribui
decisivamente para os outros 2 gols;
- Início do jogo equilibrado, ansiedade
crescente, muitos erros de passes; 2º. tempo domínio do adversário, piorou
depois de uma expulsão. Não conseguem desempenhar bem sob pressão, os problemas
detectados no início do trabalho persistem: falta de coesão de equipe e de boa
comunicação, muita ansiedade, descontrole emocional, e os “mais cabeças”(líderes)
do time ficam na responsabilidade de ter que segurar o time e não conseguem
suportar a pressão.
- Início bom, domínio de bola e do
jogo, boas jogadas criadas de gol, mas nenhuma finalização eficiente, atacante
se abate denovo com erros; 2º. tempo tomaram gol no início, daí recuperaram,
fizeram 2 gols, erros de passes, falta de atenção;
- Dificuldades na movimentação para
finalizar; dificuldades em sair da marcação do adversário; falta vontade,
garra, gana de vencer;
- Desânimo e falta de motivação para
treinar pós-derrota que sofreram e os tirou chances de subir para série A.
Foi interessante aliar esses resultados com os objetivos técnicos e
psicológicos mais predominantes, traçados pelos jogadores, sendo muito
pertinentes com o que realmente precisavam melhorar, como:
Técnicos: melhorar a marcação, a
forma física, finalizações, passes e posicionamento;
Psicológicos: melhorar a confiança, o
autocontrole, a atenção e a ansiedade.
sábado, 29 de setembro de 2012
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
Descobertas sobre a Relação entre Riqueza e Felicidade!
Será que dinheiro traz mesmo felicidade? Quanto mais dinheiro eu tenho
mais momentos felizes eu vivencio? Quanto de tempo é preciso para ganhar
dinheiro se o que se quer é a satisfação com a vida?
A literatura sobre dinheiro e a felicidade compara nações umas com as
outras e analisa um determinado país, comparando pessoas ricas e pobres. E
nestes estudos há uma concordância, no que diz respeito, a dois pontos:
1. “Quanto
mais dinheiro, mais satisfação com a vida;
2. Mas a
produção de dinheiro rapidamente atinge um ponto de retorno decrescente em
satisfação com a vida.”
A satisfação
com a vida é maior em países com maior PIB (produto interno bruto) por pessoa.
A inclinação é maior entre os países pobres, nos quais mais dinheiro e mais
satisfação com a vida estão mais intimamente relacionados.
E a relação entre tempo e dinheiro, será que se escolhermos utilizar
nosso precioso tempo para gerar mais riqueza seremos mais felizes do que usá-lo
de outras maneiras? O que talvez nunca paramos muito para pensar é que tudo
isso está relacionado aos nossos valores, o que realmente importa. Não estou
aqui fazendo campanha contra o dinheiro, e sim, convidando a refletir de que
modo estamos otimizando o nosso tempo para efetivamente vivermos melhor e com
mais bem-estar. Claro que podemos nos planejar, colocar no papel e estruturar
nossos objetivos de modo que possamos
equilibrar todas as áreas da nossa vida, trabalho, família, amigos, lazer,
ócio, não necessariamente, nessa ordem de importância. Existe a máxima: “Se
faço o que gosto, não é trabalho”...ótimo, porque não há nada mais tedioso e
intolerável do que fazer algo, dedicar várias horas por dia num trabalho que
não traz realização pessoal. Mas mesmo assim, é necessário cuidar para não usar
essa justificativa para não relaxar, reconhecer que tem hora para tudo, para
trabalhar, para descansar, para se exercitar, para namorar, etc..
Os dados a seguir mostram o quanto é fraca a noção de que a riqueza não
tem limite superior sobre o preço da felicidade:
Satisfação
com a vida por vários grupos
(Diener &
Seligman, 2004)
Respostas a
“Você está satisfeito com sua vida”, desde de concordância total (7) a
discordância total (1), sendo 4 neutro.
- Americanos
mais ricos da Revista Forbes: 5,8;
- Os amish da
Pensilvânia: 5,8;
- Os inuítes
(esquimós do norte da Groenlândia): 5,8;
- Os masai
africanos: 5,7;
- Amostra de
probabilidade sueca: 5,6;
- Amostra
internacional de estudantes universitários (47 nações em 2000): 4,9;
- Os amish de
Illinois: 4,9;
- Moradores
de favelas em Calcutá: 4,6;
- Pessoas sem
teto em Fresno, Califórnia: 2,9;
- Moradores
de rua em Calcutá (sem teto): 2,9.
De acordo com
estes autores, esta pergunta “O quanto você está satisfeito com sua vida?” tem
dois componentes: o estado transitório de humor que cada um se encontra ao
responder e a avaliação permanente das circunstâncias da sua vida. E humor e
avaliação são influenciados diferentemente pela renda. Quanto maior a renda
maior a positividade da sua avaliação sobre as circunstâncias de vida, mas não
influencia muito o seu humor. Foram encontradas em relação às mudanças nas
nações ao longo do tempo: 52 nações tem análises sólidas de séries cronológicas
do bem-estar subjetivo desde 1981 até 2007. Em 45 delas o bem-estar subjetivo
aumentou. Em 6, todas na Europa Oriental, o bem-estar subjetivo diminuiu. Portanto,
a satisfação com a vida aumenta, em especial, com a renda, enquanto o humor
aumenta, sobretudo com a maior tolerância em dado país.
E aí voltamos à questão dos valores, pois mesmo quando fizemos a
avaliação sobre as circunstâncias da vida, os levamos em consideração, são eles
que nos movem em direção à nossa felicidade, que é individual. Um indivíduo que
tem 4 empregos trabalha 12 hs por dia e tem uma renda alta, não necessariamente,
é mais feliz que um outro que trabalha menos, tem uma vida simplória e se
diverte de forma gratuita. E nisto, inclui-se também o local onde se vive, na cidade (grande ou pequena) ou no campo, na área nobre ou na periferia.
O cuidado com
a saúde física, mental, emocional e espiritual nos impulsiona a viver de modo
mais saudável e feliz, experienciando hábitos, como: comer alimentos benéficos,
praticar exercícios físicos, meditar, desenvolver a espiritualidade. Tudo isso contribui para
cultivarmos aqueles valores essenciais: do amor, da fraternidade, da humildade,
da paz, da compaixão e da fé.
quarta-feira, 19 de setembro de 2012
Esporte = Paixão para os Atletas e para os Profissionais envolvidos!
Um dos fenômenos sócio-culturais de maior preponderância dos últimos tempos tem sido o esporte e todo o seu ambiente, do qual fazem parte pessoas, recursos financeiros, materiais e instalações. Para melhor otimização desses recursos e conseqüente sucesso nas competições, é preciso que haja o investimento no atleta. E, cada vez, mais tem se estudado temas como: comportamento, personalidade, motivação, emoção, auto-estima e stress, atuando-se no sentido de promover o equilíbrio e a preparação psicológica de atletas para a prática esportiva.
O esporte está inserido nas mais variadas sociedades e assume, em cada uma delas, as características que lhe são próprias, sendo raro o país que não tem representantes em encontros esportivos. O esporte, como um todo, pode assumir um caráter positivo no desenvolvimento pessoal de cada indivíduo, aliado a seus próprios objetivos e motivos.
Independentemente do país, estado, cidade, local e mesmo das condições em que ocorre o fenômeno esportivo, há uma mobilização geral, mídia, espectadores, e tudo o mais que compõe o ambiente esportivo. O sangue que corre nas veias de quem tem afinidade com o meio e certa modalidade parece ultrapassar muitas vezes os limites da própria razão. E ainda, por mais que em alguns países o esporte se caracterize como amador, e não como profissional, bem distante do ideal, ele contagia a todos.
Com base na complexidade e diversidade de características, de cada modalidade esportiva, torna-se essencial para todos os profissionais envolvidos com sua prática conhecer as exigências dos aspectos que envolvem esses esportes, sejam eles físicos, técnicos táticos, psicológicos ou sociais com o qual irá trabalhar, para poder fazer uma boa adequação de suas estratégias e metodologias. Entre esses profissionais pode-se citar o técnico, assistente técnico, preparador físico, médico, fisioterapeuta e, mais especificamente, o psicólogo esportivo.
Essa composição de profissionais especializados nem sempre se faz presente na estrutura das equipes, o que muitas vezes, dificulta o trabalho e cria sobreposição de funções. No entanto, seria conveniente que ela fosse adotada pelas equipes em estágios elevados de excelência esportiva ou no que se convencionou chamar de esporte de alto rendimento ou alto nível. E também, incluir essa estrutura nas categorias de base, durante a formação do atleta, pois quando atingisse a elite, já teria uma trajetória importante de suporte interdisciplinar na sua carreira esportiva, facilitando ainda mais a assimilação e aplicação deste na sua rotina de treinamento e competições.
quinta-feira, 13 de setembro de 2012
CURSO DE PERSONAL TRAINING COM LUIZ DOMINGUES - NÃO PERCA!
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Mestre em Performance Humana;
Especialista em Administração, Engenharia e Marketing Esportivo;
Diretor da In Forma: Centro de Atividade Corporal;
Autor de vários livros; Colabora com matérias e artigos para jornais, revistas e programas de TV do País;
Consultor técnico em projetos de carreira de diversos Personal Trainers, em montagem de centros de treinamento personalizado e de academias.
Escolhido como Personal Trainer do ano de 2012 pela SBPT.
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
Exercício Físico = Poderoso Recurso de Saúde
Incluir na rotina diária, a prática regular de exercícios físicos tem sido uma constante nos últimos anos como busca de uma melhor qualidade de vida. As facilidades tecnológicas e de entretenimento (os controles remotos da tv, os computadores, os ipads, games e etc) dos tempos modernos têm contribuído ainda mais para as pessoas não se movimentarem. São atividades que nos fazem ficar muito tempo parados, sentados, sempre na mesma posição. O que está se constatando, cada vez mais, é uma verdadeira epidemia da inatividade. A literatura tem apontado que a pouca aptidão física está fortemente relacionada à mortalidade por todas as causas e, em especial, às doenças cardiovasculares.
Homens e mulheres acima de 60 anos, muito bem condicionados, têm uma taxa mais baixa de mortalidade por doenças cardiovasculares e por todas as causas do que os moderadamente condicionados, que por sua vez apresentam uma taxa de mortalidade mais baixas que os não condicionados. Além disso, a falta de exercício e a obesidade caminham juntas. De forma geral, as pessoas gordas não se mexem muito, enquanto as magras estão sempre ativas.
Um outro aspecto importante a se ressaltar é que a maioria das dietas é uma farsa, promete milagres de emagrecimento, levando muitas vezes a pessoa à falta de nutrientes significativos para o organismo. A perda de peso através da dieta é temporária, ao contrário do exercício associado a uma reeducação alimentar, que torna o indivíduo mais saudável e fisicamente apto.
O exercício físico é, portanto, um recurso de saúde intenso, pois pessoas que se exercitam, mesmo que de forma moderada, tem mais saúde e baixa mortalidade do que os sedentários, que tem saúde fraca e alta mortalidade. A Organização Mundial da Saúde preconiza a necessidade dos adultos se exercitarem o equivalente a 10 mil passos por dia, que podem ser atingidos através: da natação, dança, corrida, treinamento de força, yoga, ou até mesmo indo a pé ou de bicicleta para o trabalho, subindo escadas, etc..
Por mais que exista uma forte relação entre exercício e saúde, é preciso que tenhamos força de vontade e determinação para sairmos da inércia, do sedentarismo e partirmos para a nossa prática regular de atividade física, sem necessariamente estar doente ou ter tido uma recomendação médica. Depende única e exclusivamente de nós mesmos esse “start”, mesmo tendo suporte de familiares, amigos e profissionais de educação física.
Fonte:
LEE, D.C.; SUI, X.; BLAIR, S.N. “Does Physical Activity Ameliorate the Health Hazards of Obesity?” British Journal of Sports Medicine 43 (2009): 49-51.
SUI, X.; LADITKA, J.N.; HARDIN, J.W.; BLAIR, S.N. “Estimated Functional Capacity Predicts Mortality in Older Adults.” Journal of the American Geriatric Society 55 (2007): 1940-47.
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
Relatos de alguns Atletas sobre sua Preparação Psicológica!
“O banho da tarde é sempre mais longo, 22 minutos, mais ou menos, e não é para me acordar nem me limpar. O objetivo do banho da tarde é me injetar ânimo, me dar instruções. É nessa hora que começo a dizer coisas, de vez em quando maluquices, repetindo diversas vezes, até acabar acreditando. Durante minha carreira, venci 869 jogos, fiquei em 5º. lugar na lista dos melhores tenistas de todos os tempos, e muitas dessas partidas foram ganhas durante a ducha vespertina. Com a água fazendo barulho nos meus ouvidos (um ruído que lembra o som produzido por 20 mil fãs), lembro de algumas vitórias especiais. Não vitórias que ficaram na memória dos fãs, mas sim as que ainda me fazem acordar no meio da noite. Squillari, em Paris, Blake em Nova York, Pete, na Austrália. Depois me lembro de algumas derrotas. Sacudo a cabeça de frustração. Digo a mim mesmo que a partida de hoje a noite será uma espécie de exame o qual me preparei por 29 anos. Seja o que for, já passei por isso pelo menos uma vez na vida. Se for uma prova de resistência física ou psíquica, não será nada de novo.”ANDRÉ AGASSI
“Sinto-me aliviado...tem sido o ano mais estressante que já tive (ano que conquistou seu 10º. título mundial, aos 38 anos). As pessoas dizem que na minha idade, eu não deveria estar fazendo isto. E todos os novatos estão melhorando, então é um desafio você acreditar em si mesmo e não no que as outras pessoas falam. Não é uma onda, não é uma manobra, não é um evento. É uma coisa de um ano inteiro. Mas eu sei como focar, de modo que deu tudo certo e estou muito aliviado. A onda que me possibilitou essa conquista foi a primeira nas quartas de final contra Adriano de Souza, embora não tenha obtido um 10, esse foi o estímulo que eu precisava para vencer o título, e após esta primeira onda senti uma sensação de alívio. Eu ainda tinha que vencer a bateria, mas estava muito relaxado e sentia que tudo começava a fluir em meu caminho.” KELLY SLATER
“A preparação de dois anos nos EUA foi fundamental para o meu crescimento. Além da técnica, aprendi demais no psicológico, ou seja, formar uma cabeça mais vencedora. Este é ponto. Lidar com a pressão e conseguir algo mais com a cabeça forte.” THIAGO PEREIRA (medalha de prata na natação em Londres)
“Treinei bastante minha série, mas o principal foi treinar o psicológico, que é o que na hora pega. Quando você vê o publico, acaba se sentindo um pouco nervoso.” ARTHUR ZANETTI (medalha de ouro na ginástica/argolas em Londres).
Esses atletas campeões incluíram, paralelamente, ao seu treinamento físico, o seu treinamento psicológico, buscaram trabalhar a mente e as emoções, melhorar nesse aspecto, interferindo significativamente no seu treino diário e nas competições.
Os fatores psicológicos relacionam-se entre si, a motivação, por exemplo, tem relação com a autoconfiança, com o estabelecimento de objetivos e com a percepção: da capacidade de atingir o resultado esperado, da crença da eficácia de um treino e do valor do esforço. É essencial quando avaliamos o potencial de um atleta, conhecer o que ele quer com seu comportamento esportivo (objetivo) e o como ele vai fazer para atingí-lo. Verificar sobre o que realmente o ajuda e o que o atrapalha no caminho em direção à sua realização esportiva. Levar em consideração as suas realizações passadas, tudo o que ele já superou e atingiu durante a sua carreira. Agregando todos esses aspectos podemos contribuir de forma expressiva para a melhoria contínua do desportista.
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
A Relação entre o Otimismo ou o Pessimismo e as Doenças Cardiovasculares!
Na metade dos anos 80, 120 homens apresentaram seu primeiro ataque cardíaco e, posteriormente, foram utilizados como sujeitos não tratados de um grupo controle numa triagem de múltiplos fatores de risco. Esta pesquisa desapontou psicólogos e cardiologistas porque não descobriu nenhum efeito sobre as doenças cardiovasculares do treino para mudar as personalidades desses homens do tipo A (agressivos, pressionados pelo tempo e hostis) para a do tipo B (descontraídos). Foram levantadas informações importantes, desses 120 homens não tratados do grupo controle sobre seus primeiros ataques cardíacos, são elas:
- Extensão do dano ao coração;
- Pressão sanguínea;
- Colesterol;
- Massa corporal;
- Estilo de vida.
Todos esses fatores de risco clássicos das doenças cardiovasculares.
Eles ainda foram entrevistados sobre as suas vidas: família, trabalho e hobbies. Foram registradas as afirmações explicativas (contendo um porquê) de suas entrevistas gravadas em vídeo e codificadas de acordo com o otimismo ou o pessimismo. No andamento de 8 anos e meio, metade dos homens havia morrido de um segundo ataque cardíaco. Os pesquisadores se questionaram se conseguiria prever quem teria o segundo ataque cardíaco. Nenhum dos fatores de risco tradicionais previu a morte: como a pressão sanguínea, o colesterol, até mesmo a extensão do dano causado pelo primeiro ataque cardíaco. Apenas o otimismo, no período anterior aos 8 anos e meio, previu um segundo ataque cardíaco: dos 16 homens mais pessimistas, 15 morreram. Dos 16 mais otimistas, apenas 5 morreram. Outros estudos têm corroborado esses resultados, até mesmo maiores do que esse sobre a doença cardiovascular, usando diversas avaliações do otimismo.
O conhecimento deste achado me fez refletir de que lado da vida nós escolhemos estar na maior parte do tempo, do otimismo ou do pessimismo? O que nos impulsiona para uma saúde mental positiva, e conseqüentemente, para a emoção positiva, um sentido de vida, bons relacionamentos e realizações presentes e futuras? A estreita relação estabelecida entre a saúde física e a saúde mental e emocional nos confirma que o estado psicológico, como o otimismo, é capaz de prever e diminuir o adoecimento físico. Portanto, cabe a cada um de nós optar em investir mais tempo e energia em pensamentos e sentimentos positivos e trabalhar o foco naquilo que nos dá prazer e nos faz felizes, pois é o que realmente nos ajuda a realizar os nossos objetivos de vida!
Fonte: BUCHANAN, G.M.; SELIGMAN, M.E.P. (Eds.) Explanatory Style and Heart Disease. In: BUCHANAN, G.M.; SELIGMAN, M.E.P. (Eds.) Explanatory Style. Hillsdale, NJ: ERlbaum, 1995, p. 225-32.
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
Uma Análise do Brasil nos Jogos Olímpicos de Londres/2012!
A participação do Brasil em Olimpíadas teve início em 1920, na Antuérpia, conquistando 3 medalhas: uma de ouro, uma de prata e uma de bronze; todas na mesma modalidade, o tiro. De lá para cá, a trajetória foi longa, porém os destaques são poucos: em 1952, Adhemar Ferreira da Silva, do salto triplo conquistou o ouro, repetindo a façanha 4 anos depois em Melbourne; em 1980, João do Pulo, também atleta do salto triplo, ficou com o bronze; em 1984, Los Angeles, Torben Grael ganha medalha de prata e a seleção masculina de voleibol também; em 1992 a conquista inédita da medalha de ouro de um esporte coletivo é da seleção masculina de voleibol, em Barcelona; em 1996, Atlanta, é a vez das mulheres, são as primeiras atletas brasileiras a ganharem medalhas, a dupla de vôlei de praia Jacqueline e Sandra; em 2004, foram 5 ouros em Atenas, dupla de vôlei de praia Ricardo e Emanuel, voleibol masculino e feminino, vela com Robert Scheidt, Torben Grael e Marcelo Ferreira e Rodrigo Pessoa no hipismo; e em 2008, César Cielo conquista a 1ª. medalha de ouro na natação, batendo o recorde olímpico de 1992, de Alexander Popov. E neste ano de 2012, tivemos um ouro inédito no judô feminino, com Sarah Meneses e na ginástica (argola) tivemos o Arthur Zanetti. Os resultados obtidos pelo Brasil em termos de medalhas olímpicas, por modalidade, foram:
- Judô: 1 ouro (Sarah Meneses); 3 bronzes (Rafael Silva, Felipe Kitadai, Mayra Aguiar);
- Vôlei de praia: 1 prata (Allison e Emanuel) e 1 bronze (Juliana e Larissa);
- Ginástica (argola): 1 ouro (Arthur Zanetti);
- Vela: 1 bronze (Robert Scheidt e Bruno Prada);
- Natação: 1 prata (Thiago Pereira) e 1 bronze (César Cielo);
- Futebol masculino: 1 prata;
- Voleibol feminino: 1 ouro e masculino: 1 prata;
- Boxe feminino: 1 bronze (Adriana Araújo) e masculino: 1 bronze (Yamaguchi Falcão) e 1 prata (Esquiva Falcão);
- Pentatlo moderno: 1 bronze (Yane Marques).
Totalizando 17 medalhas, sendo considerada a melhor participação do Brasil em Olimpíadas. Gostaria de parabenizar esses atletas medalhistas e também enaltecer vários atletas que melhoraram suas marcas e conseguiram superar o seu desempenho em relação à sua última competição importante ou mesmo dos últimos jogos olímpicos.
Compartilho com vocês algo que achei muito pertinente escrito pelo jornalista esportivo, Marcelo Barreto, no que diz respeito ao resultado do país no quadro de medalhas:
“O resultado de um país no quadro de medalhas deriva de uma equação complexa, com itens que vão desde o mais básico, como o investimento em esportes de base, até o mais difícil de controlar, como o desempenho dos atletas nas finais olímpicas. Na Austrália, antes mesmo do fim dos Jogos, a diminuição no número de medalhas já tinha causado um debate sobre a crise no esporte escolar. Cabe a cada país decidir o que é mais importante, o esporte de base ou o quadro de medalhas. Mesmo aceitando o quadro como medida de sucesso, a forma mais justa de avaliar o desempenho de um país é compará-lo com ele mesmo. E por esse critério, o Brasil está patinando. Desde Atlanta 1996, quando começou o último ciclo olímpico, o número de medalhas conquistadas mudou muito pouco: 15 em 96, 12 em 2000, 10 em 2004 (com cinco ouros, a melhor marca até hoje), 15 em 2008 e 17 em 2012. E elas vieram praticamente dos mesmos esportes: judô, vela, vôlei e vôlei de praia subiram ao pódio em todas essas edições; atletismo, natação e futebol, em todas menos uma.”
A falta de apoio, estrutura e investimento na formação do atleta na maior parte das modalidades, não é novidade para ninguém, e quando termina mais um evento olímpico, lê-se, ouve-se, sempre as mesmas coisas... ah e que agora sim o Brasil vai investir mais no esporte, até mesmo pela responsabilidade de sediar as próximas Olimpíadas. Um tempo muito curto para o cumprimento de tantas promessas. Para que o país realmente eleve o seu número de medalhas é necessário que produza cada vez mais candidatos a medalhas, pois da quantidade é possível extrair mais qualidade. Além disso, é preciso que se implemente juntamente com a preparação física, técnica e tática, a preparação psicológica. Sou repetitiva nesse aspecto, porque claro tenho que puxar a sardinha para o meu lado, e também porque sempre observo e constato numa competição deste nível, mesmo em atletas experientes, a falta de preparo emocional e mental em situações decisivas. Temos muitos talentos, entre os atletas brasileiros, inegavelmente, e nem por isso podem se isentar de um treinamento psicológico bem conduzido e fundamentado.
Pude notar que o fator cultural separou bem os vencedores dos perdedores. Algumas vezes a atitude de inferioridade assumida por alguns, mesmo sendo tecnicamente melhores, os leva a desistir ou nem tentar superar o adversário. A superioridade vista em vários países não se dá somente nos aspectos físicos e técnicos, mas também no psicológico. Foi nítido o autocontrole por parte de algumas equipes, mesmo nos momentos mais adversos. E aí se destaca o “tal psicológico”, tão comentado por jornalistas/comentaristas, e bastante enfatizado inclusive,nestas olimpíadas, pelos próprios atletas brasileiros.
Apesar de tudo, sou otimista e as minhas expectativas são as melhores possíveis, espero que aproveitando os grandes eventos esportivos que o Brasil vai sediar, Copa do Mundo em 2014, e as Olimpíadas em 2016, impulsione cada vez mais, a mídia televisiva, as empresas (patrocinadores) e o governo a investirem no esporte, contribuindo dessa forma para o grande desafio de construir campeões!
sexta-feira, 13 de julho de 2012
Um Sinal de Alerta sobre as Doenças do Trabalho!
O afastamento do trabalho ocasionado pelas doenças mentais é o motivo campeão registrado no ano de 2011. Houve um aumento considerável de trabalhadores afastados pelo Inss por este tipo de doença. O mercado de trabalho passou a ser um foco de doenças como depressão e transtorno de ansiedade. As concessões de auxílio-doença acidentárias, relacionadas ao trabalho, para casos de transtornos mentais e comportamentais cresceram 19,6% no 1º. semestre de 2011 comparados ao mesmo período de 2010. Esse aumento foi quatro vezes o da expansão no número total de novos afastamentos realizados pelo Inss. O Ministério da Previdência Social adotou mudanças em 2007 e isto facilitou o diagnóstico de doenças causadas pelo ambiente de trabalho.
Esse quadro nos levar a refletir sobre o que tem levado, cada vez mais, as pessoas a experimentarem esses transtornos. Novas formas de: “downsizing”, “outsourcing”, “subcontraction” e a globalização; novas formas de gerenciamento: “just in time delivery” e “©lean organization”, são mudanças que contribuíram. Em razão de um mercado de trabalho competitivo e cada vez mais exigente, o indivíduo se submete a tudo e a todos, para cumprir as expectativas que tem sobre ele, ultrapassando todos os seus limites físicos e psicológicos, e muitas vezes para não correrem o risco de perder o emprego. Em contrapartida, existem aqueles que estão sofrendo desses males por motivos opostos, a falta de trabalho. Um número significativo de profissionais qualificados encontra-se sem oportunidades de mostrar todo o seu talento e potencial.
A Organização Mundial da Saúde em 2003 detectou na população ativa:
- Transtornos mentais menores: 30%;
- Transtornos mentais graves (incapacitantes): de 5% a 10%
De 5 entre 10 principais causas de incapacitação no mundo, são transtornos mentais, dentre eles:
1- Depressão maior;
2- Esquizofrenia;
3- Transtorno bipolar;
4- Alcoolismo;
5- TOC (transtorno obsessivo compulsivo) (Brundtland, 2000).
Em virtude, desses dados, torna-se fundamental avaliar bem as relações existentes entre a saúde/doença mental e o trabalho, para que a partir deste ponto, criem-se estratégias de promoção da saúde e o bem-estar do trabalhador, e consequentemente, das organizações, visando melhora na qualidade de vida de ambos. Algumas empresas já adotam programas voltados à promoção da saúde, com grupos de prática de exercícios regulares (caminhada e corrida) e também o auxílio de uma nutricionista, para a melhora do cardápio do dia-a-dia!
quinta-feira, 5 de julho de 2012
A Preparação Psicológica de um Atleta para as Olimpíadas!
Daqui a exatos 22 dias começa o maior evento esportivo do planeta, a 30ª. edição dos Jogos Olímpicos, sediados neste ano em Londres, Inglaterra.
O esporte de alto nível tem premiado os campeões por diferenças de performance cada vez menores. Os métodos de treinamento e o aperfeiçoamento destes estão disponíveis no intercambio entre treinadores, nos congressos, e principalmente, em todos os tipos de leituras, portanto, cuidar de cada detalhe pode ser o diferencial entre a conquista ou não de uma medalha e também de uma melhor colocação em relação à última participação na olimpíada.
O grande desafio dos treinadores com seus atletas é que coloquem em prática tudo o que foi realizado nos treinos, ou seja, conseguir realizar todo o seu potencial em um ambiente de alta pressão e cobrança, como o ocorrido num evento como esse. Em outras palavras, manter o controle mental em situações de stress. Por isso a psicologia do esporte tem se destacado através do conhecimento e estratégias de intervenção, como uma área auxiliar capaz de ajudar os atletas e as equipes a conseguirem realizar os seus objetivos.
Numa competição desse nível o atleta e/ou equipe confronta seus melhores adversários exigindo, desse modo, o seu máximo rendimento, ele(a) é justamente colocado(a) à prova, é a oportunidade de fazer valer todo o esforço e dedicação para ter chegado lá, ter atingido um índice olímpico ou se classificado. É nesse momento que vai poder mostrar para si mesmo(a) e para o mundo como realmente está física, técnica e psicologicamente.
O desempenho de atletas de alto nível caracteriza-se pela combinação de fatores multivariados, dos quais destacam-se a preparação física, a preparação técnico/tática e a preparação psicológica.
A preparação psicológica é um instrumental eficiente para preparar o desportista, em nível psíquico, para o enfrentamento de situações estressantes do ambiente esportivo e utilizar dessa estrutura pessoal para a obtenção de seu potencial máximo na competição. Essa preparação pode incluir modificação de processos e estados psíquicos como pensamento, motivação, emoção, percepção e estados de humor, componentes das bases psíquicas da regulação do movimento.
Em vista da influência que a mente exerce sobre o corpo, o desempenho do atleta é determinado por pensamentos, atitudes e imagens que tem a seu respeito e do ambiente que o cerca. É muito comum que, em eventos competitivos, observem-se atletas que perdem o controle emocional, apresentando comportamentos de desrespeito à arbitragem, a seus próprios companheiros de equipe e ao técnico, assim como o reflexo direto deste tipo de comportamento na sua concentração, motivação e autoconfiança.
Por mais que pareça óbvio e absolutamente claro a muitos profissionais que fazem parte do ambiente esportivo a relevância do treinamento psicológico, muitos desportistas ainda não se beneficiam dele, e apesar das condições físicas ideais e do talento, acabam falhando no momento que seria de glória e êxito absoluto, quem sabe a sua consagração, num evento da magnitude de uma olimpíada!
quinta-feira, 28 de junho de 2012
A Saúde favorecida pela Prática Regular de Exercícios!
A literatura tem apontado exaustivamente, que a atividade física aumenta os sentimentos de bem-estar, reduz a ansiedade e a tensão e promove o aumento do vigor físico. Os benefícios do exercício sobre o bem-estar físico são compostos de mudanças também em relação a doenças como: osteoporose, hipertensão, doença cardíaca e câncer. A prática regular de exercícios contribui com a saúde, na manutenção de um estilo de vida independente, no aumento da capacidade funcional e na melhoria da qualidade de vida.
Todo esse conhecimento produzido e divulgado nos meios de comunicação e em revistas científicas especializadas não tem sido suficiente para mudar o comportamento de pessoas que ainda mantém um estilo de vida sedentário ou insuficientemente ativo. Por isso a necessidade em realizar mais pesquisas que contribuam não só para o esclarecimento do assunto, mas também no sentido de criar estratégias eficazes para adesão e manutenção da aquisição do hábito saudável de praticar exercício.
Estudos apontam relação inversa entre os níveis de atividade física e a incidência de doenças como: hipertensão, obesidade, diabetes, doença arterial coronariana e depressão (NAHAS, 2006).
Para o mesmo autor, os fatores de risco modificáveis para doença arterial coronariana, são: níveis elevados de colesterol; hipertensão arterial; fumo; inatividade física; obesidade; diabetes; características de personalidade (reação ao stress e comportamento muito competitivo e agressivo).
MARKLAND e INGLEDEW (2007) argumentaram que diferentes motivos de participação são mais ou menos conducentes para motivação controlada ou autônoma, com consequências diferentes para influenciar o comportamento. Para eles, motivos como a aparência e controle de peso tenderão a ser experimentado como controle (“Eu devo me exercitar para perder peso”) e estes contribuem pouco para a participação em longo prazo. Motivos como desafio pessoal e afiliação social tenderão a ser experimentado como autônomo (“Eu quero me exercitar para estar com amigos”) e estes contribuem positivamente para uma participação em longo prazo.
Algumas razões podem levar os indivíduos a exercitarem-se, como por exemplo: controle de peso, risco reduzido de doenças cardiovasculares, redução no stress e na depressão, construção da auto-estima e socialização. Não importa o motivo que o conduza à prática regular de exercícios, mesmo que na fase inicial ainda haja uma pressão externa para a mesma, o essencial é que cada um consiga superar a inércia e além de começar, dar continuidade de forma eficaz e saudável ao seu programa.
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