O treinamento tem como objetivo principal fazer com que o atleta chegue a
um alto nível de desempenho, em especial, na competição mais importante do ano,
com uma boa forma atlética; para isto, é preciso periodizar e esquematizar todo
o programa de treinamento, apontando para o desenvolvimento lógico e seqüencial
das habilidades, das capacidades biomotoras e dos traços psicológicos (BOMPA,
2002).
O envolvimento da preparação de um atleta
para a competição está relacionado a inúmeras variáveis. Desta forma, é
essencial, além de conhecê-las, poder agregar informações e experiências de
todos os profissionais da equipe, interagindo em busca de um trabalhado globalizado
dentro desta preparação.
No período de treinamento, o atleta é capaz de responder a vários
estímulos, podendo, alguns, serem previstos de uma forma melhor do que outros,
de acordo com a coleta de informações biomecânicas, fisiológicas, sociais, metodológicas
e psicológicas. Sendo assim, o técnico necessita de um instrumental científico
que garanta que o processo de treinamento tenha avaliações objetivas capazes de
avaliar a reação do atleta à qualidade e à carga dos exercícios, para que possa
fazer um replanejamento adequado nos programas futuros (BOMPA, 2002).
O treinamento constitui-se o pilar central da preparação do atleta para a
competição. A implementação da sua sistematização e a sua condução bem
realizada e bem planejada pela comissão técnica interferem positivamente, tanto
para assimilação das tarefas propostas, quanto para o comprometimento real do
atleta.
Para RUDIK (1990), para que seja possível
estruturar uma metodologia racional de treinamento esportivo é preciso um
aumento gradual e máximo das exigências deste, como um processo ininterrupto,
e, ainda assim, levar em consideração o desenvolvimento das capacidades físicas
e psicológicas atingidas pelo atleta. Além disso, o rendimento esportivo máximo
só é atingido na medida que os atletas alcançarem uma forma esportiva
caracterizada por aspectos como:
- Melhor atividade total da consciência, possibilitando aumento da
velocidade das reações motoras;
- Processos de percepção rápidos, mais claros e eficazes;
- Atenção aumentada, melhor capacidade de concentrá-la ou distribuí-la,
mudança rápida no foco de atenção de um objeto para o outro;
- Elevação da capacidade de realizar esforços volitivos máximos, da
autoconfiança e da vontade de vencer.
Para que todos esses fatores surtam o efeito desejado, é importante que o
treinamento tenha uma periodização adequada levando, em consideração algumas
variáveis como: o estado físico/técnico do atleta, a fase do treinamento que o
atleta/equipe se encontram, o tempo disponível para o treinamento, condições
materiais (local e equipamento), calendário das competições e os objetivos a
serem alcançados.