segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Tiro Esportivo Paralímpico e o 2013 IPC Shooting World Cup!

O tiro esportivo estreou nos Jogos Paraolímpicos de Toronto, em 1976. Na época somente os homens competiram. Nos Jogos de Arnhem (1980), na Holanda, as mulheres entraram com tudo nas disputas inclusive nas provas mistas.
No Brasil, a modalidade começou a ser praticada em 1997, no Centro de Reabilitação de Polícia Militar do Rio de Janeiro. No ano seguinte, o país foi representado pela primeira vez em um torneio internacional, realizado na cidade espanhola de Santander. Os atiradores Carlos Strub, Cillas Viana e Walter Calixto conquistaram a medalha de bronze por equipe no Aberto de Apeldoorn, na Holanda, em 2003. Nos Jogos Paraolímpicos de Pequim (2008), houve a primeira participação de um atleta brasileiro na história dos Jogos com Carlos Garletti.
O Comitê de Tiro Esportivo do Comitê Paraolímpico Internacional (IPC) é responsável por administrar a modalidade. As regras das competições têm apenas algumas adaptações. Pessoas amputadas, paraplégicas, tetraplégicas e com outras deficiências locomotoras podem competir tanto no masculino como no feminino.
As regras variam de acordo com a prova, a distância, o tipo do alvo, posição de tiro, número de disparos e o tempo que o atleta tem para atirar. Em cada competição as disputas ocorrem numa fase de classificação e numa final. As pontuações de ambas as fases são somadas e vence quem fizer mais pontos.
 O tiro utiliza um sistema de classificação funcional que permite que atletas com diferentes tipos de deficiência possam competir juntos, tanto no individual como por equipes. Dependendo das limitações existentes (grau de funcionalidade do tronco, equilíbrio sentado, força muscular, mobilidade de membros superiores e inferiores), e das habilidades que são requeridas no tiro, os atletas são divididos em três classes: SH1, SH2 e SH3. Mas as competições paraolímpicas incluem apenas as classes SH1 e SH2. A diferença básica entre SH1 e SH2 é que atletas da SH2 podem usar suporte especial para a arma, que obedecem às especificações do IPC. Os atletas da SH3 possuem debilitação visual.
Entre os dias 12 a 20 de agosto acompanhei a equipe brasileira de tiro esportivo paralimpico, no 2013 IPC Shooting World Cup, em Bangkok, na Thailandia. Mesmo tendo iniciado o treinamento psicológico recentemente, em junho deste ano, os resultados obtidos nesta competição superaram as expectativas. Obtivemos: 1 medalha de ouro do atleta Geraldo Von Rosenthal (pistola 25m, inédita na modalidade); 2 medalhas de bronze por equipe (Sérgio Vida, Geraldo Von Rosenthal) da pistola livre e 1 medalha de prata por equipe (Carlos Garletti e Benedito Santana) da carabina. Por isso, acredito que o trabalho de treinamento psicológico, já está sendo e vai ser um diferencial significativo, tanto para aqueles atletas que continuarem na seleção brasileira, quanto para aqueles que passarem a fazer parte da equipe, objetivando a preparação para os Jogos Paralímpicos de 2016.

Fonte: Site do Comitê Paralímpico Brasileiro