O tiro esportivo estreou
nos Jogos Paraolímpicos de Toronto, em 1976. Na época somente os homens
competiram. Nos Jogos de Arnhem (1980), na Holanda, as mulheres entraram com
tudo nas disputas inclusive nas provas mistas.
No Brasil, a modalidade começou
a ser praticada em 1997, no Centro de Reabilitação de Polícia Militar do Rio de
Janeiro. No ano seguinte, o país foi representado pela primeira vez em um
torneio internacional, realizado na cidade espanhola de Santander. Os
atiradores Carlos Strub, Cillas Viana e Walter Calixto conquistaram a medalha
de bronze por equipe no Aberto de Apeldoorn, na Holanda, em 2003. Nos Jogos
Paraolímpicos de Pequim (2008), houve a primeira participação de um atleta
brasileiro na história dos Jogos com Carlos Garletti.
O Comitê de Tiro Esportivo do Comitê Paraolímpico
Internacional (IPC) é responsável por administrar a modalidade. As regras das
competições têm apenas algumas adaptações. Pessoas amputadas, paraplégicas,
tetraplégicas e com outras deficiências locomotoras podem competir tanto no
masculino como no feminino.
As regras variam de acordo com a prova, a distância,
o tipo do alvo, posição de tiro, número de disparos e o tempo que o atleta tem
para atirar. Em cada competição as disputas ocorrem numa fase de classificação
e numa final. As pontuações de ambas as fases são somadas e vence quem fizer
mais pontos.
O tiro
utiliza um sistema de classificação funcional que permite que atletas com
diferentes tipos de deficiência possam competir juntos, tanto no individual
como por equipes. Dependendo das limitações existentes (grau de funcionalidade
do tronco, equilíbrio sentado, força muscular, mobilidade de membros superiores
e inferiores), e das habilidades que são requeridas no tiro, os atletas são
divididos em três classes: SH1, SH2 e SH3. Mas as competições paraolímpicas
incluem apenas as classes SH1 e SH2. A diferença básica entre SH1 e SH2 é que
atletas da SH2 podem usar suporte especial para a arma, que obedecem às
especificações do IPC. Os atletas da SH3 possuem debilitação visual.
Entre os dias 12 a 20 de agosto acompanhei
a equipe brasileira de tiro esportivo paralimpico, no 2013 IPC Shooting World
Cup, em Bangkok, na Thailandia. Mesmo tendo iniciado o treinamento psicológico
recentemente, em junho deste ano, os resultados obtidos nesta competição
superaram as expectativas. Obtivemos: 1 medalha de ouro do atleta Geraldo Von
Rosenthal (pistola 25m, inédita na modalidade); 2 medalhas de bronze por equipe (Sérgio Vida, Geraldo Von Rosenthal) da pistola livre e 1 medalha de prata por
equipe (Carlos Garletti e Benedito Santana) da carabina. Por
isso, acredito que o trabalho de treinamento psicológico, já está sendo e vai
ser um diferencial significativo, tanto para aqueles atletas que continuarem na
seleção brasileira, quanto para aqueles que passarem a fazer parte da equipe,
objetivando a preparação para os Jogos Paralímpicos de 2016.
Fonte: Site do
Comitê Paralímpico Brasileiro