O percentual, de
problemas relacionado ao sono, na população adulta, no mundo, vem aumentando consideravelmente.
As conseqüências deste, refletem numa pior qualidade de vida, aumento do risco
de acidentes e menor produtividade no trabalho. A eficácia do exercício físico
sobre o sono já foi aceita pela Associação Americana de Distúrbios do Sono, como
intervenção não medicamentosa para sua melhoria, no entanto, poucos
profissionais da saúde prescrevem e indicam o exercício com esse intuito.
Segundo O’Connor e
Youngstedt (1995), o sono de pessoas ativas é melhor que o de pessoas inativas, com
a hipótese de que um sono melhorado proporciona menos cansaço durante o dia
seguinte e mais disposição para a prática de atividade física. Vuori, Urponen,
Hasan e Partinen (1988) afirmam que o exercício físico melhora o sono da
população em geral, principalmente de indivíduos sedentários.
O padrão do sono de ondas
lentas (SOL) ou sono profundo pode
sofrer alterações de acordo com a intensidade e duração do exercício e
temperatura corporal (Horne & More, 1985). Para Montgomery, Trinder e
Paxton (1982), ocorre um aumento deste episódio de sono, nos experimentos
realizados por estes autores, nos quais utilizaram variações do tipo de
exercício físico, no que diz respeito à intensidade, duração e horário de
prática. Desta forma, acredita-se que este padrão de sono, em especial, o
estágio 4, é muito importante para a reparação fisiológica e de energia. A
alteração positiva neste estágio, se dá pelo aumento do gasto energético
causado pelo exercício durante a vigília, levando a um sono mais profundo e
restaurador fisicamente.
O exercício físico
sistemático e bem dosado promove uma melhora na qualidade do sono. O individuo
que o inclui na sua rotina diária usufrui os benefícios obtidos desta prática,
como uma boa qualidade de vida e bem-estar físico e psicológico.
Fonte:
Buckworth J, Dishman RK. Exercise psychology.
Champaign: Human Kinetics,
2002.
American
Sleep Disorders Association. The international classification of sleep
disorders
(diagnostic and coding manual). Kansas: DCSC, 1991.
Driver HS, Taylor
S. Exercise and sleep. Sleep Med Rev 2000;4:387-402.
O’Connor PJ,
Youngstedt SD. Influence of exercise on human sleep. Exerc Sport
Sci Rev
1995;23:105-34.
Vuori I, Urponen
H, Hasan J, Partinen M. Epidemiology of exercise effects on
sleep. Acta
Physiol Scand 1988;574:3-7.
Horne JA, Moore
VJ. Sleep EEG effects of exercise with and without additional
body cooling.
Eletroencephalogr Clin Neurophysiol 1985;60:33-8.
Montgomery I,
Trinder J, Paxton SJ. Energy expenditure and total sleep time:
effect of
physical exercise. Sleep 1982;5:159-68.
Baekeland F,
Lasky R. Exercise and sleep patterns in college athletes. Percept
Mot Skills
1966;23:1203-7.