terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Síndrome de Hulk ou o mais conhecido Pavio Curto!!



       Um novo estudo publicado no jornal científico “Biological Psychiatry: Cognitive Neuroscience” aponta que as pessoas que tem o transtorno explosivo intermitente (TEI), conhecido também como Síndrome de Hulk, tem menos massa cinzenta nas regiões frontolímbicas, responsáveis por regular emoções no sistema nervoso central. Na verdade, quem é “pavio curto” tem o “cérebro emocional” menor.
Este transtorno é caracterizado por episódios de fúria impulsivos e recorrentes, que às vezes envolvem agressões, e não diz respeito simplesmente a um problema de personalidade, mas uma consequência de um distúrbio físico do cérebro, concluíram cientistas da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos. Algumas características marcantes são:
- Reações desproporcionais a situações que causam raiva e assim a pessoa adota comportamentos agressivos;
- A agressividade não é premeditada, os ataques de fúria são consequência do fato de a pessoa não conseguir conter os próprios impulsos agressivos;
- A explosão de raiva decorre da sensação de se sentir diminuído ou desrespeitado por alguém;
- A pessoa geralmente tem dificuldade para avaliar as consequências dos seus atos para si e para os outros;
- Ocorrem ataques de fúria e de agressividade: ameaçar, berrar, xingar, fazer gestos obscenos, atirar objetos contra a parede e/ou nas pessoas, partir para a briga física, envolvendo-se em brigas no trabalho, em bares;
- Após o ataque de fúria, a pessoa sente-se responsável pelo que fez, demonstra arrependimento, vergonha, culpa e tristeza, no entanto, após dois ou três dias, o mal-estar passa e podem ocorrer novamente.
            Os critérios de diagnóstico compreendem: ocorrência de pelo menos três episódios significativos de raiva por semana, no período de três meses ou três grandes ataques de fúria durante um ano; e a pessoa não pode ser dependente de drogas ou álcool, nem ter sofrido algum tipo de traumatismo craniano que possa ter afetado a cognição.
        O indivíduo identificando-se com esta síndrome, necessita saber que tem comprometido o seu autocontrole mental e emocional, bastante significativo no enfrentamento de situações do nosso cotidiano. É fundamental que busque tratamento, não somente medicamentoso, mas também de mudança de comportamento, porque um dano físico (se realmente comprovado) associado a um condicionamento no modo de agir, potencializa e muito o quadro clínico.