quarta-feira, 25 de abril de 2012

Os Benefícios e os Riscos da Sociedade Digital Global!

Vivemos num tempo em que o conhecimento é acessível de forma acelerada e intensa, nunca soubemos tanto e de forma tão rápida e eficiente como através do uso da internet (ressalva para algumas informações equivocadas que são publicadas). A sede por atualização constante nos deixa ávidos por saber cada vez mais para não perder o compasso, não ficar para trás nessa nova sociedade denominada “Digital Global”.
Muitos adultos, em especial, aqueles com mais de 30 anos ainda se sentem perdidos, engatinhando no processo de aprendizado do mundo high-tech, também pudera são muitas ferramentas e novidades que chegam ao mercado dia a dia, como: ipods, celulares, computadores, ipads, players, dvds, além dos utilizados na Internet, como: sites de busca e de relacionamentos (google, facebook, twitter),  blogs, sites e etc..Enquanto isso, as crianças e adolescentes, pertencentes a “famosa geração Y”, passeiam, divertem-se, e claro, muitas vezes nos ensinam, a nos adaptar a essas transformações radicais e conseguir sobreviver a elas.
Os aprendizados contínuos, independentes da idade, é possível em razão da plasticidade do nosso cérebro, avanços recentes da neurologia comprovam a nossa capacidade regenerativa, o que ajuda a fazer com que essa nossa habilidade se torne mais próxima da juventude. Parece que  a recusa em aprender mais tarde é traduzida muito mais por uma atitude cultural por nos sentirmos mais velhos e menos capazes de aprender. A disciplina é importante em todo este contexto, essa palavra vem da mesma raiz da palavra discípulo, e tem como significado “um processo de aprendizado”. Portanto, aquele que está pronto para aprender é um discípulo, e o processo de estar pronto para aprender é a disciplina. A pessoa que se diz instruída nunca está pronta para aprender, porque ela acha que sabe tudo, e acaba ficando centrada no seu pretenso conhecimento. Sócrates, dizia: “Só sei que nada sei”, e este é o princípio da disciplina, quando o indivíduo encontra-se no estado de não-conhecer surge um grande desejo em explorar, investigar e conhecer.
 No entanto, um alerta é necessário no que diz respeito ao exagero na utilização de toda essa tecnologia, algumas pessoas estão sofrendo de sobrecarga cognitiva, ocasionando somatizações e levando-as a experimentar síndromes psicológicas como: pânico, depressão, ansiedade, fobia social, transtorno bipolar, etc.. Como qualquer comportamento em excesso, o vício na Internet pode acarretar problemas sérios de relacionamentos, por exemplo, muitas pessoas estão o tempo todo conectadas, e em todos os lugares, com seus ipads ou celulares, tem a ilusão que estão se comunicando com os outros, por ser de forma virtual, porém não conversam diretamente, num encontro real não se fazem presentes. O indivíduo acaba restringindo o seu lazer, hobbie e entretenimento somente a esse canal virtual, sem interagir com o mundo fora deste.
O processo de aprender na vida é incessante. É incrível a capacidade do ser humano de recriar, mudar crenças e paradigmas, de ousar em direção ao novo, de explorar universos ainda não percorridos. Em especial, nos dias de hoje, que não há fronteiras no mundo e na economia, a tal globalização, sem fronteiras também são as possibilidades para a realização do ser humano. Portanto, utilizar de forma produtiva e com sabedoria os recursos que essa nova sociedade digital nos oferece fará com que continuemos abertos a busca do conhecimento e de relacionamentos, sabendo também diversificar os interesses e formas de se relacionar com o meio circundante.



quarta-feira, 18 de abril de 2012

Demonstração de Foco, Garra e Vitória no Esporte!

Um(a) atleta que trabalha em si mesmo(a) seus objetivos passo a passo, aperfeiçoa suas qualidades psicológicas e físicas, acredita no seu potencial e determinação tem como resultado final a conquista vitoriosa e honrosa de um título! Agora imaginemos que esse(a) atleta faça parte de uma equipe, claro que além de servir de exemplo para os(as) demais atletas, sabe reconhecer o valor do conjunto, de um todo, ele(a) tem noção de altruísmo e o vivencia, é ciente de que a interação/conexão e a comunicação entre os integrantes do grupo é fundamental para vencer disputas apertadas ou até mesmo superar equipes consideradas favoritas. E ainda tem claro que todo e qualquer talento individual só tem mérito quando está voltado ao benefício da equipe.
Esse perfil de atleta é construído em grande parte nos valores que ele(a) cultiva, o que está por trás do que quer alcançar, no verdadeiro motivo ou “para que” o faz se submeter a uma rotina pesada de treinamento, a estar longe da família e dos amigos, a literalmente ter que abrir mão de uma vida “normal” como a de outras pessoas. Os tais valores o(a) mantém com os pés no chão, realista diante de vitórias e fracassos, faz com que mesmo errando estejam abertos(as) a corrigí-los, ajudam a questionar o que é sucesso para eles(as). Eu gosto muito da definição de sucesso do técnico John Wooden: “O sucesso é a paz de espírito proveniente da consciência de que você fez o maior esforço possível para se tornar o melhor dentro do seu potencial. Faça o seu melhor. Isso é sucesso”!
Resolvi abordar esse tema porque esta semana tivemos um exemplo de atleta(Fabíola) e equipe(Osasco) do comentado acima na conquista do título da Superliga Feminina de Voleibol. A orientação antes de entrar em quadra era que se divertissem, aproveitassem o momento sem pensar que do outro lado estaria um gigante. E o que se viu em quadra foi um espetáculo de desempenho comandado pela Fabíola (levantadora, praticamente novata, vindo de uma lesão), destacando-se  o foco, a garra, a determinação e uma sintonia em equipe que há muito tempo eu não via. E com todo esse afinamento o resultado não poderia ser outro, uma vitória conquistada com brilho e muito merecimento!



quarta-feira, 11 de abril de 2012

A ATITUDE DE UNIVERSITÁRIOS EM RELAÇÃO À PRÁTICA DE EXERCÍCIOS FÍSICOS!

O estudo e compreensão das relações entre exercício físico, atividade física e dimensões ou fatores psicológicos, assim como, os potenciais efeitos e impacto psicológico do exercício, têm constituído uma preocupação constante de investigadores e vários profissionais envolvidos com a área. As pesquisas visam contribuir para o estímulo à prática regular, mas também para manter e aumentar os níveis de aderência  por parte de diferentes populações, das mais variadas faixas etárias.
Entre outras dimensões psicológicas, os motivos e as atitudes face ao exercício parecem constituir fatores determinantes em tal envolvimento e prática. Enfatizam-se e discutem-se as diferenças observadas entre praticantes e não praticantes de exercício regular, bem como as vantagens e benefícios da implementação de programas de promoção do exercício e atividade física junto da população universitária. O número de indivíduos que pratica, de uma forma regular e sistemática, é ainda insuficiente, encontrando-se longe dos valores recomendados e/ou desejáveis.
Vários estudos são feitos para verificar a atitude de estudantes universitários em relação à prática da atividade física, e foi nesta área, que Kenyon (1968) desenvolveu algumas dimensões para estudar melhor este assunto. A percepção que o indivíduo tem do valor da atividade física serviu de base para o referido autor formular um modelo multidimensional de questionário (ATPA – Attitude toward physical activity) para caracterizar a atividade física como sendo um fenômeno psico-sociológico, o qual presume que a mesma pode ser reduzida em dimensões específicas. São identificadas seis dimensões de como a atividade física é percebida pelos indivíduos, são elas:
1) Visando experiência social - o indivíduo valoriza na atividade física a oportunidade de iniciar, manter ou expandir seu relacionamento com outras pessoas, fazendo novas amizades, participando do convívio em grupo, propiciando assim, a participação social;
2) Visando saúde e condicionamento físico - quando o indivíduo busca na atividade física a oportunidade de promover e manter a sua saúde e condição física, além de desenvolver as qualidades físicas básicas, a saúde mental e emocional;
3) Visando a busca de emoção - o indivíduo busca o oferecimento de algum risco ou tipo de emoção;
4) Visando a estética - é buscada a valorização do corpo em seus aspectos estéticos, rítmicos, de aparência física e de coordenação geral;
5) Visando à liberação de tensões - busca-se a oportunidade de uma ação relaxante que permita aliviar as tensões do dia a dia, as atividades são vistas como promotoras de estabilidade emocional e são consideradas como terapia para as tensões diárias, dando lugar a descontração, descanso e ânimo para enfrentar a vida;
6) Visando competição - visualiza-se exclusivamente o desejo de se sobrepor, ou melhor, de vencer, é a atividade física que envolve longo e extenuante período de treinamento, competição e busca de vitória.
 A prática de exercício, esporte e atividade física pelos estudantes universitários constitui um assunto com crescente relevância, por duas razões: em primeiro lugar, pela  evidência para os seus potenciais efeitos e benefícios nos estados de humor e afetivos, mas também no bem-estar psicológico dos estudantes; em segundo lugar, pela constatação de que pouco mais da metade dos estudantes abrangidos numa amostra de 1800 alunos da Universidade do Minho, praticarem exercício de forma regular. O fato de mais de 45% dos estudantes (sobretudo na sua transição para o ensino superior) não realizarem tais práticas regulares, reforça a necessidade de desenvolvimento de programas de promoção (iniciação), aumento e manutenção dos seus níveis de prática regular. Apesar das evidentes melhoras na saúde física e mental, um número significativo de jovens estudantes apresenta dificuldades no início e/ou manutenção da sua prática regular (CRUZ, GOMES, RORIZ, PARENTE, AMORIM, DIAS e PAIVA, 2008).