Um dos três elementos fundamentais do código do
talento é a orientação de um grande treinador. Algumas características
interessantes foram encontradas em relação a essa figura, são elas:
-
Temperamento mais contido, reservado;
-
Mais velhos, davam aulas há trinta ou quarenta anos;
-
Olhar firme, profundo, imperturbável;
-
Ouviam muito mais do que falavam;
- Passavam a maior parte do tempo realizando pequenos ajustes, objetivos e
muito específicos;
-
Muito perceptivos em relação a quem estavam ensinando, adaptavam as
mensagens à personalidade do aluno;
-
São realistas e disciplinados;
- Tem muito conhecimentos que aplicam ao trabalho constante e progressivo
de formação dos circuitos de uma habilidade(COYLE, 2010).
O que observamos quando trabalhamos no esporte são os mais variados
estilos de liderança e tipos de atuação de técnicos. Existem aqueles que são
viciados em controle (autocráticos), mantém todos em rédea curta, os jogadores
não tem espaço para pensar por si mesmos, esse estilo pode funcionar para
alguns, mas pode criar problemas de relacionamento, em especial, com os mais
jovens. Em contrapartida, tem aqueles que deixam rolar solto, dão total
liberdade, não cobram disciplina e acham que isso ajudará nos resultados
positivos. Alguns técnicos ficam à mercê das vontades (algumas vezes absurdas)
de alguns jogadores (estrelas) ficando reféns deles, ao invés de liderá-los.
Como tudo na vida, o ideal é o bom senso e o caminho do meio, o técnico
possibilitar um ambiente de confiança e acolhedor que permita aos seus atletas
espaço para realizarem os seus potenciais, criatividade e estilo de jogo. Saber
elogiar quando for merecido e não exigir demasiadamente completam esse modelo. Com
essa atitude, ele acaba contribuindo para um bom relacionamento e uma fluidez
na autoridade necessária para desenvolver um bom trabalho e a disciplina que é
um componente essencial para um líder eficaz.
Um exemplo de grande treinador foi John Wooden (técnico de
basquetebol americano). Sua forma de ensinar incluía a instrução
dividida em 3 partes:
-
Mostrava a maneira certa de fazer algo;
-
A maneira errada;
-
Voltava a mostrar a maneira certa.
A informação combinava com o que ele chamava de “condicionamento
mental e emocional”. Formulou leis da aprendizagem: explicação,
demonstração, imitação, correção e repetição.
“Não se deve esperar dos jogadores que melhorem
muito em pouco tempo, mas sim que tentem melhorar um pouco a cada dia.”
Os jogadores que treinou tinham um alto grau de habilidade e de
motivação. Ele dispunha de vastos recursos e contava com total apoio!
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