terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

O que pode levar uma Equipe a ter Bons Resultados!



A neurocientista alemã, Julia Sperling, acompanhou por uma década 6.000 executivos e concluiu que eles eram cinco vezes mais produtivos quando estavam no estado de flow. Segundo Ana Karina Dias, responsável pela prática de RH da McKinsey no Brasil: “Notamos três necessidades básicas para estimular o flow coletivo: clareza de papéis e objetivos; ambiente de colaboração e confiança; e pessoas dotadas de motivação intrínseca”.  
O conceito de flow, ou “fluxo” é um estado em que não se percebe o tempo passar e as ideias fluem livremente. O fenômeno, ligado ao máximo desempenho de atletas e artistas, também ocorre no ambiente corporativo.  O psicólogo húngaro, Mihaly Csikszentmihalyi, da Universidade de Chicago escreveu um livro intitulado "A Descoberta do Fluxo". Nesta obra explica que a felicidade é como atingir o estado de fluxo, quando o indivíduo se encontra completamente imerso e concentrado no que está fazendo, sendo bem-sucedido e desfrutando de um grande prazer. Muitas vezes, ele é capaz de perder a noção de tempo neste estado. O autor comenta também que a maioria dos aspectos que dizem respeito à felicidade tem origem na mente através dos seguintes componentes: personalidade, otimismo, resiliência (superação), gratidão, presença de altos níveis de emoções positivas. Para atingir o estado de fluxo é necessário um alto grau de desafio e de habilidade para realizar uma tarefa. Pode ser descrito como um estado onde a atenção, a motivação e a habilidade encontram-se numa harmonia produtiva.
Flow coletivo
Estudos mostram que durante o flow há alteração na frequência das ondas cerebrais e aumento da circulação de moléculas como endorfina e serotonina. A combinação melhora o foco, a criatividade e a conexão entre as pessoas.
Um dos fenômenos identificados, porém, pouco compreendido, é o dos “neurônios-espelho”, os quais são ativados ao observar a ação de outra pessoa. Estudos mostram que a habilidade de craques de futebol, como o argentino Lionel Messi, em prever a ação do adversário no momento de um drible está ligada a uma ativação maior do sistema de neurônios-espelho. Pesquisadores da Universidade Brunel, na Inglaterra, fizeram exames de ressonância magnética funcional no cérebro de dois grupos de jogadores — novatos e experientes. Nos mais qualificados, havia evidências de uma ativação mais intensa do sistema de neurônios-espelho quando viam um adversário se aproximar. Outros estudos relacionam os neurônios- espelho ao “contágio social” — tendência de sentir o que o outro sente.
Uma gama de hipóteses e conclusões estão sendo cada vez mais testadas e poderão trazer aplicações úteis para times esportivos, empresas e indivíduos.

Fonte: https://exame.abril.com.br/revista-exame/a-quimica-da-mente-produtiva/

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