segunda-feira, 20 de agosto de 2012

A Relação entre o Otimismo ou o Pessimismo e as Doenças Cardiovasculares!


Na metade dos anos 80, 120 homens apresentaram seu primeiro ataque cardíaco e, posteriormente, foram utilizados como sujeitos não tratados de um grupo controle numa triagem de múltiplos fatores de risco.  Esta pesquisa desapontou psicólogos e cardiologistas porque não descobriu nenhum efeito sobre as doenças cardiovasculares do treino para mudar as personalidades desses homens do tipo A (agressivos, pressionados pelo tempo e hostis) para a do tipo B (descontraídos). Foram levantadas informações importantes, desses 120 homens não tratados do grupo controle sobre seus primeiros ataques cardíacos, são elas:
- Extensão do dano ao coração;
- Pressão sanguínea;
- Colesterol;
- Massa corporal;
- Estilo de vida.
Todos esses fatores de risco clássicos das doenças cardiovasculares.
Eles ainda foram entrevistados sobre as suas vidas: família, trabalho e hobbies. Foram registradas as afirmações explicativas (contendo um porquê) de suas entrevistas gravadas em vídeo e codificadas de acordo com o otimismo ou o pessimismo. No andamento de 8 anos e meio, metade dos homens havia morrido de um segundo ataque cardíaco. Os pesquisadores se questionaram se conseguiria prever quem teria o segundo ataque cardíaco. Nenhum dos fatores de risco tradicionais previu a morte: como a pressão sanguínea, o colesterol, até mesmo a extensão do dano causado pelo primeiro ataque cardíaco. Apenas o otimismo, no período anterior aos 8 anos e meio, previu um segundo ataque cardíaco: dos 16 homens mais pessimistas, 15 morreram. Dos 16 mais otimistas, apenas 5 morreram. Outros estudos têm corroborado esses resultados, até mesmo maiores do que esse sobre a doença cardiovascular, usando diversas avaliações do otimismo.
O conhecimento deste achado me fez refletir de que lado da vida nós escolhemos estar na maior parte do tempo, do otimismo ou do pessimismo? O que nos impulsiona para uma saúde mental positiva, e conseqüentemente, para a emoção positiva, um sentido de vida, bons relacionamentos e realizações presentes e futuras? A estreita relação estabelecida entre a saúde física e  a saúde mental e emocional nos confirma que o estado psicológico, como o otimismo, é capaz de prever e diminuir o adoecimento físico. Portanto, cabe a cada um de nós optar em investir mais tempo e energia em pensamentos e sentimentos positivos e trabalhar o foco naquilo que nos dá prazer e nos faz felizes, pois é o que  realmente nos ajuda a realizar os nossos objetivos de vida!

Fonte: BUCHANAN, G.M.; SELIGMAN, M.E.P. (Eds.) Explanatory Style and Heart Disease. In: BUCHANAN, G.M.; SELIGMAN, M.E.P. (Eds.) Explanatory Style. Hillsdale, NJ: ERlbaum, 1995, p. 225-32.


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