O hormônio irisina já vem sendo
estudado há algum tempo e parece ser uma
promessa válida no processo de emagrecimento. A irisina é um hormônio produzido
pelo nosso organismo, no músculo, estimulando determinadas células adiposas a
transformar gordura em calor, aumentando, assim, o metabolismo celular. E como
ele age: quando começamos a praticar atividades físicas, a irisina é produzida
ativando, em determinadas células de gordura, a termogênese, ou seja, a
produção de calor. Assim, ocorre um aceleramento no metabolismo de gordura,
estimulando o emagrecimento.
A produção desse hormônio na quantidade
essencial para a perda de peso, de acordo com um estudo realizado, em
camundongos sedentários, obesos e com sintomas de pré-diabetes, ocorre depois
do vigésimo primeiro dia de exercício. Foram injetadas pequenas doses da substância
e após dez dias, os animais tiveram os níveis de glicose e insulina
normalizados no sangue e até perderam peso. Por isto, a necessidade de uma
rotina de treino regular para quem quer perder os quilos a mais.
Os pequisadores estão estudando uma
versão sintética deste hormônio. Nesse estudo, injetaram o hormônio em
camundongos obesos e com dieta hipercalórica, ou seja, com uma quantidade
elevada de calorias. Notaram que os camundongos perderam 2% do peso corporal,
em torno de 4 quilos quando comparados com seres humanos, durante 6 meses.
Se acontecer uma suspensão do exercício físico,
o organismo pode reduzir a produção de irisina e a energia volta a ser estocada
como forma de gordura. É importante salientar que a versão sintética deste
hormônio está em fase de estudos e pesquisas. Ainda não se tem resultados de
possíveis efeitos colaterais e o que pode ocorrer se a quantidade de irisina
estiver em excesso no nosso organismo. Mesmo expondo cautela em relação ao potencial
terapêutico deste, os pesquisadores se mostram otimistas com a perspectiva de
usá-lo em humanos em um futuro próximo.
A
molécula da irisina dos camundongos é muito parecida com a humana, portanto, os
mesmos benefícios observados nos roedores podem se mostrar em pessoas. Nos
estudos, foram usados vírus para distribuir o hormônio no organismo, algo
difícil de fazer com segurança. Para criar uma droga que possa ser usada em
humanos, os pesquisadores estão tentando "colar" a irisina em
moléculas de anticorpos, as proteínas de defesa do sistema imunológico, para só
depois injetá-las no sangue. Essa medida evita que a droga entre em degradação
na corrente sanguínea.
Ainda
há muito que se estudar sobre esses hormônios e tudo que venha somar e contribuir para uma melhor qualidade de vida e
um estilo de vida saudável, combinando a prática regular de exercícios com uma
alimentação balanceada é muito bem-vinda para todos nós, em especial, àqueles
que tem mais dificuldade, levando em conta sempre a perspectiva de um
emagrecimento com saúde!
Fonte: Revista Veja - edição 2283 - ano 45 - nr. 34 - de 22 de agosto de 2012.
Estudo realizado pelo médico Bruce Spiegelman - Universidade Harvard e publicado nas Revistas Científicas Nature e Cell.
Estudo realizado pelo médico Bruce Spiegelman - Universidade Harvard e publicado nas Revistas Científicas Nature e Cell.
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