quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Hormônio Irisina: a nova descoberta para o emagrecimento!


O hormônio irisina já vem sendo estudado há algum tempo e  parece ser uma promessa válida no processo de emagrecimento. A irisina é um hormônio produzido pelo nosso organismo, no músculo, estimulando determinadas células adiposas a transformar gordura em calor, aumentando, assim, o metabolismo celular. E como ele age: quando começamos a praticar atividades físicas, a irisina é produzida ativando, em determinadas células de gordura, a termogênese, ou seja, a produção de calor. Assim, ocorre um aceleramento no metabolismo de gordura, estimulando o emagrecimento.
 A produção desse hormônio na quantidade essencial para a perda de peso, de acordo com um estudo realizado, em camundongos sedentários, obesos e com sintomas de pré-diabetes, ocorre depois do vigésimo primeiro dia de exercício. Foram injetadas pequenas doses da substância e após dez dias, os animais tiveram os níveis de glicose e insulina normalizados no sangue e até perderam peso. Por isto, a necessidade de uma rotina de treino regular para quem quer perder os quilos a mais.
Os pequisadores estão estudando uma versão sintética deste hormônio. Nesse estudo, injetaram o hormônio em camundongos obesos e com dieta hipercalórica, ou seja, com uma quantidade elevada de calorias. Notaram que os camundongos perderam 2% do peso corporal, em torno de 4 quilos quando comparados com seres humanos, durante 6 meses.
 Se acontecer uma suspensão do exercício físico, o organismo pode reduzir a produção de irisina e a energia volta a ser estocada como forma de gordura. É importante salientar que a versão sintética deste hormônio está em fase de estudos e pesquisas. Ainda não se tem resultados de possíveis efeitos colaterais e o que pode ocorrer se a quantidade de irisina estiver em excesso no nosso organismo. Mesmo expondo cautela em relação ao potencial terapêutico deste, os pesquisadores se mostram otimistas com a perspectiva de usá-lo em humanos em um futuro próximo.
A molécula da irisina dos camundongos é muito parecida com a humana, portanto, os mesmos benefícios observados nos roedores podem se mostrar em pessoas. Nos estudos, foram usados vírus para distribuir o hormônio no organismo, algo difícil de fazer com segurança. Para criar uma droga que possa ser usada em humanos, os pesquisadores estão tentando "colar" a irisina em moléculas de anticorpos, as proteínas de defesa do sistema imunológico, para só depois injetá-las no sangue. Essa medida evita que a droga entre em degradação na corrente sanguínea.
Ainda há muito que se estudar sobre esses hormônios e tudo que venha somar e contribuir para uma melhor qualidade de vida e um estilo de vida saudável, combinando a prática regular de exercícios com uma alimentação balanceada é muito bem-vinda para todos nós, em especial, àqueles que tem mais dificuldade, levando em conta sempre a perspectiva de um emagrecimento com saúde!

Fonte: Revista Veja - edição 2283 - ano 45 - nr. 34 - de 22 de agosto de 2012.
Estudo realizado pelo médico Bruce Spiegelman - Universidade Harvard e publicado nas Revistas Científicas Nature e Cell.



   
    



  

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