terça-feira, 8 de novembro de 2011

Pressa: a síndrome do coelho da Alice.."como está ficando tarde"!

   A doença da pressa cada vez mais faz parte do mundo globalizado atingindo pessoas de todas as idades. Um sintoma comum em crianças de 2 anos, que não tem noção ainda de tempo e estão ávidas por satisfazer seus desejos mais prementes, parece ter se proliferado entre jovens e adultos. E as consequências são as mais devastadoras, estudos já tem encontrado resultados interessantes a respeito:
- Num estudo foram ouvidas quase 2 mil pessoas com mais de 25 anos em São Paulo, Rio de Janeiro e Campinas e descobriu que 65% dizem viver com pressa, em 10% dos entrevistados esse sentimento é exagerado, esse grupo é composto de pessoas que fazem várias coisas ao mesmo tempo, vivem com a sensação de urgência e se irritam quando sentem que estão perdendo tempo (Laboratório de estudos psicofisiológicos do stress/PUC/Campinas, Marilda Lipp);
- Em outro estudo foram entrevistados 900 profissionais entre 24 e 58 anos em São Paulo e Porto Alegre e constatou que 36% deles sofrem de doença da pressa e já sentem de forma crônica, e esse grupo pesquisado apresenta uma série de disfunções, entre elas: 93% crise de ansiedade, 91% de angústia, 57% de sentimentos de raiva injustificada, 94% dores musculares (incluindo dor de cabeça), 45% distúrbios de sono e 24% com taquicardia (International Stress Management Association, Ana Maria Rossi). Além do que, todos esses sintomas com o tempo vão piorando ocasionando outras doenças como a depressão e problemas cardíacos.
   Todo esse quadro leva o indivíduo a experimentar o stress, e do  tipo negativo (distress), por isso é essencial a consciência sobre o que e quais situações desencadeiam esta alteração psíquica e orgânica para criar mecanismos preventivos, evitando assim o colapso físico e mental, e também cada um rever seu modo de enfrentar e lidar com eventos estressantes.
     Na maioria das vezes, é difícil a pessoa se dar conta de que o seu comportamento está exagerado, de tão automatizado que ele se tornou. Esse tipo de comportamento obsessivo precisa e pode ser tratado, mudanças de estilo de vida são indispensáveis como: diminuir o ritmo, cuidados com a alimentação e a adesão aos exercícios físicos podem ser um bom começo!
    Nessa época então, de final de ano, as pessoas ficam ainda mais aceleradas, preocupadas em comprar presentes e comes e bebes para as festas, que poderiam ser mais curtidas se não houvesse tanto stress. Além disso, seria bom darem um tempo precioso para pensar e refletir sobre o ano que passou, analisar quais as metas atingidas, no que é preciso melhorar em si mesmo para construir um novo ano repleto de realizações!
  

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