quinta-feira, 15 de março de 2012

Transição de carreira: a passagem do juvenil para o profissional!

   O período que corresponde ao início da carreira profissional de um atleta, muitas vezes, é o que mais exige ou testa de si mesmo, as suas habilidades psicológicas. A confiança, a concentração, a auto-estima, a motivação e a emoção são algumas das mais preponderantes.
   Diante disto, existe um tempo de adaptação à nova realidade e a cobrança inerente a ela. Como eu já havia comentado em um post anterior, o fato de o atleta estar vindo das categorias de base não é garantia dele conseguir se manter no alto rendimento, justamente pela pressão sofrida por ele nesse nível competitivo. A autocobrança excessiva, assim como: da comissão técnica, da torcida, dos dirigentes, da mídia, dos patrocinadores e mesmo dos próprios pais; pode se tornar insuportável para o esportista, levando-o a pensar ou levar a vias de fato, a desistência da carreira esportiva. Ele percebe que não dá conta da expectativa exagerada sobre o seu rendimento e os resultados obtidos. A situação se torna ainda mais delicada quando ele e/ou sua equipe começam a perder.
   Um atleta que experimentou essa situação foi o ex-tenista André Agassi, que chegou a querer desistir, dar um basta, depois de uma seqüência de derrotas por não agüentar mais a pressão, toda a rotina e viagens. Após um jogo, em particular, saiu pelas ruas e começou a distribuir suas raquetes (cada uma custando algumas centenas de dólares) aos moradores de rua, dizendo que nunca mais precisaria delas!
   Em virtude dessa experiência, muito comum na fase de transição de carreira do juvenil para o profissional, torna-se fundamental um preparo psicológico anterior, uma boa sustentação emocional e cognitiva, e em especial, se o esportista não conta com um bom suporte e uma referência positiva da família!

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