quinta-feira, 10 de maio de 2012

Dados do Ministério da Saúde sobre a Atividade Física no Brasil!

Em primeiro lugar, considero importante conceituar exercício e atividade física, que são relacionados, porém são conceitos diferentes, e há uma certa confusão e falta de conhecimento em relação a estes.
Atividade física é qualquer movimento corporal produzido pela musculatura esquelética, portanto voluntário, que resulte num gasto energético acima dos níveis de repouso (inclui-se aqui: atividades ocupacionais (trabalho), atividades da vida diária (vestir-se, banhar-se, comer), deslocamento (transporte) e as atividades de lazer.
Exercício físico é uma das formas de atividade física planejada, estruturada, repetitiva, que objetiva o desenvolvimento ou manutenção da aptidão física, de habilidades motoras ou a reabilitação orgânico-funcional.(inclui-se aqui: atividades de níveis moderados e intensos, como caminhada, corrida e treinamento de força) (Caspersen e col., 1985).
Segundo uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, Florianópolis (a minha Ilha Linda, como eu chamo) foi a capital brasileira campeã em atividade física, uma em cada quatro pessoas que mora aqui faz algum tipo de exercício. A natureza exuberante é realmente convidativa para ir para rua e se exercitar. Não é à toa que a caminhada é o exercício preferido pelos brasileiros. De acordo com a pesquisa do Ministério da Saúde 60% das pessoas ativas caminham. No entanto, neste percurso para uma vida saudável as mulheres ainda estão atrás, pois o número de homens que pratica atividade física regularmente é quase o dobro do número de mulheres.
Hoje em dia e já a algum tempo todo mundo sabe que o exercício faz bem à saúde, os meios de comunicação vem alertando a cada ano, publicando resultados de pesquisas realizadas incessantemente. Mesmo assim, metade das pessoas que recebem indicação médica para fazer atividade física desiste no primeiro ano. Outras 35% não passam do segundo ano. São poucos os que resistem.
 São Paulo ficou como a vice-campeã em inatividade física entre todas as capitais do país. A aceleração dos paulistanos e dos que moram por lá fica somente na ida ao trabalho, pois quando folgam não tem buscado o exercício físico como atividade de lazer. No mapa do sedentarismo do Brasil, a capital paulistana só perde para Porto Velho. Os moradores da capital de Rondônia registram o menor índice de atividade física no tempo livre: 26,3%. Em seguida, os paulistanos, com 27,5%. Algumas desculpas mais freqüentes foram encontradas para deixar de fazer exercício: uns consideram a cidade perigosa, outros alegam falta de tempo mesmo e a dificuldade de locomoção de um lugar para o outro e o trânsito da cidade desmotivam.
Um outro dado interessante neste estudo é que os jovens ao entrar para o mercado de trabalho reduzem de forma significativa os níveis de atividade física.  Dos 18 aos 24 anos 60,1% dos rapazes praticam atividade física nas horas livres. O percentual diminui muito e cai para 42,3 %. Na população masculina, praticamente dobra o excesso de peso e a obesidade. O indivíduo que era ativo sente as consequências da inatividade e mesmo sendo só em pouco mais de um mês parado. Ele já está sofrendo os efeitos do que os especialistas chamam de destreinamento. O destreinamento leva a uma diminuição da resistência cardiovascular, respiratório, muscular e endócrino.
Estes dados recentes comprovam uma vez mais a importância e a eficiência da prática regular de exercícios para o bem-estar físico, psicológico e espiritual do ser humano. Para isso é necessário que cada um de nós se comprometa a fazer uma reengenharia do nosso tempo, ou seja, uma organização da nossa agenda e incluir nela, assim como todos os outros compromissos e afazeres, o hábito saudável da atividade física.

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