quinta-feira, 14 de junho de 2012

Explicações psicológicas para a Obesidade!

A obesidade pode ser definida como uma doença caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal que acarreta para as pessoas uma diminuição na qualidade de vida, menor autonomia, diminuição da vitalidade e da capacidade funcional para as tarefas cotidianas. Além disso, os obesos tornam-se estigmatizados na medida em que não se enquadram nos padrões hegemônicos de beleza da sociedade moderna, se sentem rejeitados devido às fortes pressões desta para as pessoas serem magras. O isolamento social e afetivo cresce, juntamente com a angústia, a depressão, a baixa auto-estima e a sensação de abandono.
Nas fases de desenvolvimento de Freud, denominadas de psicossexuais, ele apontava onde poderia estar inserida a origem dos problemas psicológicos relacionados ao obeso ou pessoas com excesso de peso, como por exemplo, na fase oral, correspondente ao 1o. ano de vida, na qual a criança busca satisfazer sua necessidade sexual pela boca, possuindo prazer através da sucção. Caso essa necessidade não fosse atendida, segundo ele, a criança desenvolveria a chamada fixação nas atividades orais, tornando-se gulosa.
No ciclo de desenvolvimento humano de Pamela Levin, nos primeiros meses de vida, correspondentes ao estágio 1, no qual o indivíduo desenvolve o “poder de ser”, tem como características a necessidade de contato físico, íntimo e agradável e que tem como uma das tarefas, experimentar a sensibilidade da boca, denotando a importância da amamentação e da relação mãe-bebê.
A alimentação, desde os primeiros meses de vida, tem uma conotação afetiva forte e uma ligação com a figura materna, se a mãe utilizou a comida para aliviar os sintomas de desconforto do bebê, é provável, que na vida adulta ele volte a utilizar desse recurso como um “elixir” para as suas angústias e preocupações, fazendo algumas vezes do alimento, sua única fonte de prazer. As relações estabelecidas com essa mãe, tendo sido ela negligente ou superprotetora, e o modo como ela mesma lida com a nutrição, pode ser análoga à relação que o indivíduo vai constituir com o alimento.

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