A capacidade mental de cada atleta é que vai poder lhe proporcionar a realização de suas metas de modo efetivo. À medida que se concretiza o trabalho para aumentar esta capacidade mental, conseqüentemente, são reforçados fatores psicológicos que exercem influência significativa em importantes características pessoais, como auto-estima e valores morais.
Em estudo realizado com especialistas em Psicologia do Esporte (GOULD, TAMMEN, MURPHY & MAY *, 1989, citado por GOULD & DAMARJIAN, 2000), sobre os tópicos mais utilizados por eles em consultórios, relacionados ao desempenho e os não relacionados ao desempenho, tanto em consultas individuais como em grupo, ficou com o tópico auto-estima a maior nota, referindo-se aos não relacionados ao desempenho. Portanto, para eles a auto-estima tem sua importância, porém não é relacionada diretamente ao desempenho.
Juntamente com o lar e os meios ambientes próximos, o mundo do esporte competitivo pode ser uma importante incubadora para produzir atletas inseguros que desenvolvem uma necessidade em defender a auto-estima deles, conforme STEVE BERGLAS*, Psicólogo da Escola Médica de Harvard. (citado por CLARKSON, 1999). Quando o indivíduo tem um foco específico de competição vindo de uma infância prematura, ele está incrivelmente dependente daquela competição, isto pode vir a ser tudo e o fim de tudo na auto-estima de um homem.
A auto-estima, assim como os outros aspectos psicológicos terá sua particularidade em cada desportista. É possível observar que a pressão existente no ambiente esportivo vai ter como reflexo em cada participante uma variação de auto-estima positiva e negativa ou até mesmo sua ausência. Mesmo que o atleta apresente auto-estima negativa, se ela tiver utilidade para sua produtividade ele a manterá. Da mesma forma, essa pressão poderá servir como um estímulo para o reforço de uma auto-estima positiva.
Numa situação competitiva a exposição de um atleta é evidente, e se ele apresenta uma baixa auto-estima estará muito vulnerável ao julgamento dos outros, incluindo-se entre eles torcida, técnico, companheiros de equipe e imprensa. Muitas vezes o atleta opta em função disto, não perder, ou seja, não se arrisca muito para não ser inadequado, ao invés de investir para vencer e ser o melhor, até mesmo porque não acredita em seu talento e capacidade.
Teóricos consideram que geralmente a auto-estima é influenciada e formulada por “feedback” vindo do meio ambiente, e o aumento da auto-estima é normalmente considerado como um processo que requer assimilação de “feedback” positivo, sucesso ou senso de competência elevado.
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